Frases de Nicolau Breyner

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Frases de Nicolau Breyner. Conheça este e outros autores famosos em Poetris.

Nasce-se resistente. Outra coisa, que é uma couraça, é o meu sentido de humor. O humor com que vejo a vida e o quanto me divirto a viver. Divirto-me a ir tomar um café ao Chefe, aqui na Lapa, a ver uma porcaria qualquer na televisão, a ler um livro, a rir com os meus amigos, a fazer as cenas mais dramáticas numa novela.

Se me dissessem para todos deixarmos de ter tanto, para mais pessoas terem, estava plenamente de acordo. Cada vez que vejo certos rendimentos fico alucinado. Por exemplo, sou incapaz de gastar muito dinheiro em roupa, e não é forretice. Odeio lojas, odeio consumismo, reclamo contra tudo.

Vivo perturbado todos os dias, e sempre que abro um jornal, com a total injustiça social. Cada vez que me acontece alguma coisa boa materialmente – ganhar mais dinheiro -, há sempre em mim um sentimento de vergonha. Penso nas pessoas que naquele momento não sabem se têm dinheiro para almoçar e para dar almoço aos filhos.

O entusiasmo. A necessidade de inovar e começar coisas novas. O amor à vida. O sentido da beleza. A vontade de sonhar, que ainda não passou. Se é que tenho qualidades, essa é uma delas. Quando tomo conta de um projecto que me agrade, sou outra vez um miúdo de 20 anos.

Não tenho o direito de dizer coisas que firam outras pessoas. Se for preciso mentir, desde que isso não cause mal a outros, claro que minto. A velhice não é boa, temos de nos habituar a viver com ela. Mas temos alguns direitos adquiridos, e um deles é esse, dizer o que pensamos.

Detesto o american way of life, mas em cinema tiro-lhes o chapéu. Eles percebem que o cinema não é só uma arte, é uma indústria.

O Estado são pessoas de má fé, de um modo geral, em todo o mundo. São empresas que tiram o mais que podem e dão o menos que podem.