Frases de Umberto Eco

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Frases de Umberto Eco. Conheça este e outros autores famosos em Poetris.

O que conto neste livro (Número Zero), salvo a fantasia desse Braggadocio sobre o corpo de Mussolini, é verdadeiro, teve processos judiciais e já foi publicado. O pior do que conto no meu romance não é o que se fez de terrível, mas que as pessoas se estejam nas tintas para todos esses acontecimentos. Vejo que tudo entra por uma orelha e sai pela outra das pessoas, como se as coisas terríveis que se passaram há 50 anos não preocupem ninguém e sejam aceites tranquilamente.

Não há plantas boas para comida que não o sejam também para cura. O excesso é que causa problemas.

Basta surfar na internet para ver a quantidade de intrigas e de falsificações em que muita gente acredita. Sempre me escandalizou a credulidade das pessoas, que continuam a comprar produtos para fazer crescer o cabelo quando está cientificamente provado que isso é impossível.

Eu vejo-me a mim próprio como um professor sério, que, ao fim de semana, escreve romances.

O telemóvel… é uma ferramenta para aqueles cujas profissões requerem uma resposta rápida, tais como médicos ou canalizadores.

As mentiras são mais fascinantes do que a verdade. A ‘Ilíada’ é mais atraente do que uma reportagem no Iraque.

Se as pessoas compram meus livros por vaidade, considero que é um imposto sobre a idiotice.

O objectivo de uma história é ensinar e agradar ao mesmo tempo, e o que ensina é como reconhecer as armadilhas do mundo.

Alguns reprimem com tanta veemência a ponto de impelirem muitos a se tornarem partícipes, por ódio a eles. Na verdade, um círculo imaginado pelo demônio. Que Deus nos livre.

Atingiremos um estágio mais perfeito quando conseguirmos ficar juntos sem falar, bastará tocar-te para me entenderes da mesma forma.

A ausência é para o amor o que o vento é para o fogo: extingue a pequena chama, e inflama a grande.

Eu definiria o efeito poético como a capacidade que um texto oferece de continuar a gerar diferentes leituras, sem nunca se consumir de todo.

No momento em que todos têm direito à palavra na internet temo-la dada aos idiotas, que de outro modo nunca seriam lidos noutro sítio.

Se alguém escreve um livro e não cuida da sobrevivência desse livro, então é um imbecil.

Respirar é essencial. Ler o texto, lê-lo em voz alta, muitas vezes, para controlar o ritmo. O ritmo muda de livro para livro. Os meus romances anteriores, de 500 páginas, são como sinfonias de Mahler, enquanto este último, ‘Número Zero’, é como o jazz. Por vezes digo aos meus tradutores: ‘Estás a explicar demasiado e a perder o ritmo.’.

Eu vejo as notícias na televisão mas nos jornais leio principalmente a Opinião. Quanto aos enganos que se encontram na imprensa, percebo que resultam da obrigação de encher muitas páginas. Até porque reparo que mesmo os jornais muito importantes se enganam.