Para a mulher, o homem é um meio: o objectivo é sempre o filho.
Passagens de Friedrich Nietzsche
871 resultadosEu também quero a volta à natureza. Mas essa volta não significa ir para trás, e sim para a frente.
Perguntemo-nos quem é propriamente ‘mau’, no sentido da moral do ressentimento. A resposta, com todo o rigor: precisamente o ‘bom’ da outra moral.
A obra de arte refere-se à natureza, como o círculo matemático ao círculo natural.
O casamento põe fim a breves loucuras ? sendo uma longa estupidez.
Se uma mulher tem inclinações eruditas é porque, em geral, há algo de errado na sua sexualidade. A esterilidade predispõe a uma certa masculinidade do gosto; é que o homem, com vossa licença, é de facto «o animal estéril».
O atractivo do conhecimento seria pequeno se no caminho que a ele conduz não houvesse que vencer tanto pudor.
E ainda não és livre, ainda procuras a liberdade. As tuas buscas fizeram-te insone e inquieto de maneira excessiva.
O que significa niilismo? – que os valores mais altos se desvalorizam. Falta a finalidade; falta a resposta ao “por quê?”.
Meu irmão, se tens uma virtude e ela é a tua virtude, então não a tens em comum com ninguém.
Todo homem tem seu preço, diz a frase. Não é verdade. Mas para cada homem existe uma isca que ele não consegue deixar de morder.
Mas tudo evolui; não há realidades eternas: tal como não há verdades absolutas.
Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse.
A vontade de verdade ainda nos há de arrastar para muitas aventuras, essa célebre veracidade de que todos os filósofos falaram até os dias de hoje com veneração.
A vida é dura de suportar; mas, por favor, não vos façais de tão delicados! Não passamos, todos juntos, de umas lindas bestas de carga.
O amor por um só é uma barbaridade: porque se exerce à custa de todos os outros. O mesmo quanto ao amor por Deus.
O tempo em si é um absurdo: só existe tempo para um ser que sente. E o mesmo acontece em relação ao espaço.
Torna-te quem tu és.
Dignidade Perdida
A meditação perdeu toda a sua dignidade exterior; ridicularizou-se o cerimonial e a atitude solene daquele que reflecte; já não se poderia continuar a suportar um sages da velha escola. Pensamos demasiado depressa, e pelo caminho, em plena marcha, no meio de negócios de toda a espécie, mesmo quando se trate das coisas mais graves; temos apenas necessidade de pouca preparação, e até de pouco silêncio: tudo se passa como se tivéssemos na cabeça uma máquina que girasse incessantemente e que prosseguisse o seu trabalho, mesmo nas piores circunstâncias. Outrora, quando alguém se queria pôr a pensar – era uma coisa excepcional! – era coisa que se notava imediatamente ; notava-se que queria tornar-se mais sábio e que se preparava para uma ideia: o seu rosto ganhava uma expressão como em oração; o homem detinha-se na sua marcha; ficava até imóvel durante horas na rua, apoiado numa perna ou nas duas, quando a ideia lhe «surgia». A coisa «valia» então «esse trabalho».
Para viver só é preciso ser-se um animal ou um deus – disse Aristóteles. Falta o terceiro caso: é preciso ser ambas as coisas – um «filósofo»…