A idade não nos torna adultos. Não! Faz de nós crianças de verdade.
Passagens de Johann Wolfgang von Goethe
478 resultadosO Espírito de Partido
O homem odeia tudo aquilo que não lhe parece ter sido feito por ele. É por isso que o espírito de partido é tão zeloso. Qualquer tolo está convencido de que atingiu o que há de melhor e de que o mundo, que sem ele nada era, passou a ser alguma coisa.
Todos nós vivemos do passado, e pelo passado morremos.
O génio, esse poder que deslumbra os olhos humanos, não é outra coisa senão a perseverança bem disfarçada.
O homem deseja tantas coisas, e no entanto precisa de tão pouco.
Se os macacos chegassem a experimentar tédio, poderiam tornar-se gente.
Personalidade é tudo na arte e na poesia.
Conhecimento Maduro
Passa-se com os livros uma coisa semelhante ao que sucede com um novo conhecimento que travamos com alguém. Num primeiro momento experimentamos um profundo prazer em encontrar coincidências gerais de opinião ou ao sentirmo-nos tocados num aspecto importante da nossa existência. Só depois, quando o conhecimento se aprofunda, começam a surgir as diferenças. Nessa altura, o comportamento inteligente caracteriza-se pela capacidade de não retroceder imediatamente, como muitas vezes acontece na juventude, e de pelo contrário reter o que há de coincidente enquanto se vão esclarecendo mutuamente todas as diferenças, sem se pretender chegar a acordo absoluto.
O destino é um educador estimável, mas é caro.
A igualdade nos faz repousar. A contradição é que nos torna produtivo.
Aprender a dominar é fácil, a reinar difícil.
O ser humano tem muito mais desejos que necessidades.
Um homem de valor nunca é ingrato.
Não há coisa mais prejudicial a uma nova verdade que um velho erro.
Mistérios não são necessariamente milagres.
Não basta dar os passos que nos devem levar um dia ao objetivo, cada passo deve ser ele próprio um objetivo em si mesmo, ao mesmo tempo que nos leva para diante.
Não há paraíso sem serpente, nem céu sem demônio.
Luz, mais luz.
A Futilidade da Imprensa
Só quando se passa alguns meses sem ler os jornais e depois se lêem todos em conjunto é que nos damos conta do tempo que perdemos com essa papelada. O mundo andou sempre dividido em partidos – hoje mais que nunca – e o jornalista, sempre que se prolonga uma situação indefinida, trata de seduzir este ou aquele partido, alimenta dia após dia a sua inclinação ou a sua repulsa por cada uma das facções, até que chega finalmente o momento em que os factos se decidem. E o acontecimento passa então a ser admirado como se fosse coisa divina.
A cor é a música dos olhos.