Aquilo que foi e que será, e até mesmo aquilo que é, não somos capazes de saber, mas quanto àquilo que devemos fazer, não apenas somos capazes de saber, como também o sabemos sempre, e somente isso nos é necessário.
Passagens de Liev Tolstói
137 resultados..O segredo da felicidade imortal reside, exatamente, na capacidade de cada coração para os sublimes testemunhos do Amor, da Renúncia e do Trabalho…
Os mais fortes de todos os guerreiros são estes dois – Tempo e Paciência.
A memória aniquila o tempo: conduz à unidade aquilo que parece ter acontecido em separado.
Governos precisam de exércitos para protegê-los de seus oprimidos e escravizados súditos.
Querer saber – o que parece tão difícil – se não é errado, entre tantos seres vivos que praticam a violência, ser o único ou um dos poucos não violentos, não é diferente de querer saber se seria possível ser sóbrio entre tantos embriagados, e se não seria melhor que todos começassem logo a beber.
A Vida Vazia da Cidade
Instalámo-nos, portanto, na cidade. Aí toda a vida é suportável para as pessoas infelizes. Um homem pode viver cem anos na cidade, sem dar por que morreu e apodreceu há muito. Falta tempo para o exame de consciência. As ocupações, os negócios, os contactos sociais, a saúde, as doenças e a educação das crianças preenchem-nos o tempo. Tão depressa se tem de receber visitas e retribuí-las, como se tem de ir a um espectáculo, a uma exposição ou a uma conferência.
De facto, na cidade aparece a todo o momento uma celebridade, duas ou três ao mesmo tempo que não se pode deixar de perder. Tão depressa se tem de seguir um regime, tratar disto ou daquilo, como se tem de falar com os professores, os explicadores, as governantas. A vida torna-se assim completamente vazia.
Se há no mundo um ocioso, deve haver também alguém prestes a morrer de fome.
O estilo nem por sombra corresponde a um simples culto da forma, mas, muito longe disso, a uma particular concepção da arte e, mais em geral, a uma particular concepção da vida.
O único fim dos tribunais é o de manter a sociedade no seu estado actual.
As Nossas Ideias Ou As Dos Outros
Todos os homens vivem e agem, em parte, segundo as suas próprias ideias e, em parte, segundo as ideias alheias. Uma das principais diferenças que existem entre os seres humanos consiste na medida em que se inspiram nas suas próprias ideias ou nas dos seus semelhantes. Uns limitam-se a servir-se das suas ideias como de um jogo intelectual, usam a razão como a roda de uma máquina da qual houvessem tirado a correia transmissora, submetendo os actos às ideias dos outros, ou seja, aos seus costumes, tradições e leis. Outros consideram que as suas ideias constituem o principal motor da actividade que desenvolvem e quase sempre obedecem às exigências da sua razão. Só de vez em quando, depois de uma apreciação crítica, se guiam pelas normas dos outros.
Antes de dar ao povo sacerdotes, soldados e maestros, sería oportuno saber se ele não está morrendo de fome.
Os ricos farão de tudo pelos pobres, menos descer de suas costas.
Não há condições de vida às quais um homem não pode se acostumar, principalmente se ele vê que essas condições são aceitas por todos a seu redor.
É absurdo não aceitarmos a vida como ela é, deixarmo-nos dominar pelo passado. Há que lutar para viver melhor, muito melhor.
A tristeza pura e completa é tão impossível quanto a felicidade pura e completa.
A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor. A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira
As grandes obras de arte somente são grandes por serem acessíveis e compreendidas por todos.
O inverossímil em matéria de sentimentos é o sinal mais seguro da verdade.
Deve valorizar-se a opinião dos estúpidos: são a maioria.