Textos sobre Exemplos de José Luís Nunes Martins

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Textos de exemplos de José Luís Nunes Martins. Leia este e outros textos de José Luís Nunes Martins em Poetris.

A Minha FamĂ­lia Ă© a Minha Casa

A solidão absoluta é não ter ninguém a quem dizer um simples: “tenho vontade de chorar”. Não precisamos de muito para viver bem – para ser feliz basta uma família e pouco mais.

A famĂ­lia Ă© a casa e a paz. O refĂşgio onde uma vontade de chorar nĂŁo Ă© motivo de julgamento, apenas e sĂł uma necessidade sĂşbita de… famĂ­lia. De um equilĂ­brio para o qual o outro Ă© essencial… assim tambĂ©m se passa com a vontade de sorrir que, em famĂ­lia, se contagia apenas pelo olhar.

Nos dias de hoje vai sendo cada vez mais difĂ­cil encontrar gente capaz de ser famĂ­lia. Os egoĂ­smos abundam e cultiva-se, sozinho, o individual. Como se nĂŁo houvesse espaço para o amor. Dizem que amar Ă© arriscado, que Ă© coisa de loucos…
Todos temos sentimentos mais profundos. Cada um de nĂłs Ă© uma unidade, mas o que somos passa por sermos mais do que um. Parte de unidades maiores. Estamos com quem amamos e quem amamos tambĂ©m está, de alguma forma, connosco. O amor Ă© o que existe entre nĂłs e nos enlaça os sentimentos mais profundos. Onde uma vontade de chorar Ă© um sinal de que há algo em mim que Ă© maior do que eu…

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Somos a Resposta que Damos ao que Nos Acontece

Somos frágeis. A vida é dura. Não somos o que nos acontece.

Há pesos que não podemos rejeitar. Toda a revolta seria tão ilusória quanto inútil. Mas não devemos ficar pela simples resignação, é preciso que assumamos esses pesos e os queiramos levar de vencidos. Que escolhamos ser quem somos, apesar deles. Com eles. Neles.

Somos a resposta que damos ao que nos acontece.

Temos de aceitar a indiferença e a incompreensão dos outros. As dúvidas e as contradições do mundo são um peso acrescido, que devemos carregar junto às nossas próprias dores, falhas e fraquezas.

Depois, há ainda os pesos que os outros nĂŁo podem, ou nĂŁo querem, levar…

Os males pesam, sempre. Sejam os meus, os do mundo ou os dos que amo… há que aceitá-los primeiro, para lhes fazer frente depois.

É essencial aceitar a fraqueza das nossas forças. A impermanência de tudo o que temos. A fragilidade do que somos.

Por vezes, a cruz Ă© o caminho.

É na dor que o verdadeiro amor se manifesta.

Tenho de me negar a mim mesmo se quero amar o outro.

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Ser MĂŁe Ă© Aceitar. Tudo.

Ser mĂŁe Ă© receber em si um outro que lhe vem de fora e acolhĂŞ-lo em vista de um futuro que pressente mas que, de maneira nenhuma, sabe explicar. Ser mĂŁe Ă©, antes de mais, aceitar. Tudo. Tudo.

É aceitar em si um outro para o qual ela se torna o mundo: gerando-o, alimentando-o, comendo, bebendo e respirando com ele… ele dentro de si, ela em volta dele.

É deixar esse outro ir embora e voltar a recebĂŞ-lo em cada dia, quando ele volta, quando ele se revolta e, tambĂ©m, quando ele nĂŁo volta…

Ser mĂŁe Ă© acolher o que o outro lhe dá. Mas nĂŁo como quem se alimenta do que lhe vem de fora, transformando-o em vida, que acolhe em si, e devolvendo ao mundo, já morto, aquilo que sobra. Ser Ă© mĂŁe Ă© dar-se como alimento, transformando-se na vida daquele a quem se dá para depois… voltar depois ao mundo, gasta, apenas com o que lhe sobra.
Ser mĂŁe Ă© dar-se. Aceitando sempre qualquer resultado e resposta.

Uma mãe, mais do que dar um filho ao mundo, deve dar um mundo ao filho. Um melhor que este, cheio de esperança e sonhos,

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