Textos sobre Forma de José Luís Nunes Martins

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Textos de forma de José Luís Nunes Martins. Leia este e outros textos de José Luís Nunes Martins em Poetris.

O Amor Ă© o ContraegoĂ­smo

Cada vez mais pessoas estĂŁo preocupadas consigo mesmas. Cuidam de si de uma forma tĂŁo dedicada que se poderia supor que estĂŁo a construir algo de verdadeiramente belo e forte; mas nĂŁo… os resultados sĂŁo normalmente fracos e frágeis. Gente manipulável que se deixa abater por uma simples brisa… cultivam o eu como a um deus, mas sĂŁo facilmente derrubados pela mĂ­nima contrariedade.

Tendo a originalidade por moda não será paradoxal que a sociedade esteja a tornar-se cada vez mais uniforme? Como a multidão tende sempre a nivelar-se por baixo, estamos a tornar-nos cada vez piores.

Hoje parece não haver tempo nem espaço para um cuidado mais fundo com a nossa essência – são poucos os que hoje têm amigos verdadeiros com quem aprendem, a quem se dão e de quem recebem valores essenciais.
Por medo da solidĂŁo quer-se conhecer gente, cada vez mais gente. Talvez o facto de se buscar uma quantidade de amizades mais do que a qualidade das mesmas explique por que, afinal, há cada vez mais solidĂŁo… sempre que prefiro partir em busca do novo, escolho abandonar aquele(s) com quem estava.

O sucesso das redes virtuais Ă© hoje um sintoma,

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Os Inimigos do Progresso

O progresso que se deseja hoje é algo que dependerá mais da vontade individual do que dos prodígios impessoais dos mercados.

A miséria e a ignorância são dois travões ao desenvolvimento.

Hoje, nenhuma pobreza é casual ou inevitável, porque existem os meios que permitem garantir a total erradicação da indigência. A que existe é fruto de uma decisão maioritária de vontades individuais. Alguns julgam que será consequência da ação dos mercados que, ao selecionar e premiar os melhores, filtra e castiga os que têm menos capacidades de contribuir para o sucesso tal como o entendem alguns; outros preferem apontar como causa da pobreza a existência de gente rica, logo, a solução passaria, para estes, por eliminar as camadas sociais mais abastadas. Entre tanta discussão não fazem nada, e quase unanimemente condenam quem o faz.
A ignorância Ă© um mal. A liberdade supõe o privilĂ©gio atĂ© de errar, mas sempre dentro de um quadro com todas as opções. Quem nĂŁo sabe, nĂŁo pode escolher bem. SĂł há liberdade com conhecimento. Mas há muitos que julgam que sĂł serĂŁo livres enquanto nĂŁo o formos todos…

Se em vez de nos sentarmos a divagar nos levantássemos e,

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