Passagens sobre Dinheiro

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Frases sobre dinheiro, poemas sobre dinheiro e outras passagens sobre dinheiro para ler e compartilhar. Leia as melhores citações em Poetris.

Diz-me a Verdade acerca do Amor

Há quem diga que o amor é um rapazinho,
E quem diga que ele é um pássaro;
Há quem diga que faz o mundo girar,
E quem diga que é um absurdo,
E quando perguntei ao meu vizinho,
Que tinha ar de quem sabia,
A sua mulher zangou-se mesmo muito,
E disse que isso não servia para nada.

Será parecido com uns pijamas,
Ou com o presunto num hotel de abstinência?
O seu odor faz lembrar o dos lamas,
Ou tem um cheiro agradável?
É áspero ao tacto como uma sebe espinhosa
Ou é fofo como um edredão de penas?
É cortante ou muito polido nos seus bordos?
Ah, diz-me a verdade acerca do amor.

Os nossos livros de história fazem-lhe referências
Em curtas notas crípticas,
É um assunto de conversa muito vulgar
Nos transatlânticos;
Descobri que o assunto era mencionado
Em relatos de suicidas,
E até o vi escrevinhado
Nas costas dos guias ferroviários.

Uiva como um cão de Alsácia esfomeado,
Ou ribomba como uma banda militar?
Poderá alguém fazer uma imitação perfeita
Com um serrote ou um Steinway de concerto?

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Este Não-Futuro que a Gente Vive

Será que nos resta muito depois disto tudo, destes dias assim, deste não-futuro que a gente vive? (…) Bom, tudo seria mais fácil se eu tivesse um curso, um motorista a conduzir o meu carro, e usasse gravatas sempre. Às vezes uso, mas é diferente usar uma gravata no pescoço e usá-la na cabeça. Tudo aconteceu a partir do momento em que eu perdi a noção dos valores. Todos os valores se me gastaram, mesmo à minha frente. O dinheiro gasta-se, o corpo gasta-se. A memória. (…) Não me atrai ser banqueiro, ter dinheiro. Há pessoas diferentes. Atrai-me o outro lado da vida, o outro lado do mar, alguma coisa perfeita, um dia que tenha uma manhã com muito orvalho, restos de geada… De resto, não tenho grandes projectos. Acho que o planeta está perdido e que, provavelmente, a hipótese de António José Saraiva está certa: é melhor que isto se estrague mais um bocadinho, para ver se as pessoas têm mais tempo para olhar para os outros.

Um grande período de tempo colocado inesperadamente à nossa disposição tende a ser desperdiçado. Já os pequenos espaços de tempo, de cinco, dez minutos, podem até ser bem aproveitados, desde que estejamos dispostos a isso. O dinheiro ganho no jogo é facilmente desperdiçado, mas o obtido através do trabalho pode formar uma grande fortuna. O mesmo se pode sizer do tempo. Aquele que aproveita os poucos momentos de folga para aprimorar seu talento torna-se gênio. A diferença entre o gênio e o medíocre está na atitude mental do dia-a-dia.

Amigos, amigos verdadeiros, têm muito mais a ver com o fato de que temos um coração quente, não o dinheiro ou poder.

Dinheiro é exatamente como sexo: você não pensa em outra coisa quando não o tem, e só pensa nisso quando o tem.

Boa e Má Literatura

O que acontece na literatura não é diferente do que acontece na vida: para onde quer que se volte, depara-se imediatamente com a incorrigível plebe da humanidade, que se encontra por toda a parte em legiões, preenchendo todos os espaços e sujando tudo, como as moscas no verão.
Eis a razão do número incalculável de livros maus, essa erva daninha da literatura que tudo invade, que tira o alimento do trigo e o sufoca. De facto, eles arrancam tempo, dinheiro e atenção do público – coisas que, por direito, pertencem aos bons livros e aos seus nobres fins – e são escritos com a única intenção de proporcionar algum lucro ou emprego. Portanto, não são apenas inúteis, mas também positivamente prejudiciais. Nove décimos de toda a nossa literatura actual não possui outro objectivo senão o de extrair alguns táleres do bolso do público: para isso, autores, editores e recenseadores conjuraram firmemente.
Um golpe astuto e maldoso, porém notável, é o que teve êxito junto aos literatos, aos escrevinhadores que buscam o pão de cada dia e aos polígrafos de pouca conta, contra o bom gosto e a verdadeira educação da época, uma vez que eles conseguiram dominar todo o mundo elegante,

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Os jovens, hoje em dia, imaginam que o dinheiro é tudo e, quando ficam velhos, descobrem que é isso mesmo.

Você precisa conquistar aquilo que o dinheiro não compra. Caso contrário, será um miserável, ainda que seja um milionário.

Entendimento Lúcido do Futuro

Uma diferença característica e muito frequente na vida diária entre as cabeças comuns e as sensatas é que as primeiras, na sua ponderação e avaliação sobre possíveis perigos, querem saber e levam em conta apenas o que de semelhante já terá acontecido. As outras, pelo contrário, ponderam o que possivelmente poderia acontecer. É como se tivessem em mente o provérbio espanhol: «O que não acontece num ano, acontece num instante». Decerto, a diferença em questão é natural, pois, para abarcar com a vista aquilo que pode acontecer, é preciso entendimento; já para ver aquilo que aconteceu, são suficientes os sentidos.
A nossa máxima, então, é: sacrifica-te aos demónios malignos. Por outras palavras, não se deve temer uma certa perda de esforço, tempo, desconforto, transtorno, dinheiro ou privação, para fechar as portas à possibilidade de uma desgraça. E quanto maior a desgraça, tanto menor, mais remota e improvável a sua possibilidade. O exemplo mais claro desta regra é o prémio do seguro. Ele é um sacrifício público oferecido por todos no altar dos demónios malignos.

Atuar é a expressão de um impulso neurótico. É uma vida vagabunda. O principal benefício que atuar tem me oferecido é o dinheiro para pagar o meu psicanalista.

Na juventude, estudava por ostentação; depois, um pouco, para me tornar sensato; agora, para me divertir; nunca pelo dinheiro.

As Melhores Coisas da Vida São à Borla

As melhores coisas da vida são à borla.

Vivemos em abundância.

Não parece, pois há muito tempo que se dá mais valor à matéria, aos bens que possuímos e às contas que temos no banco do que àquilo que verdadeiramente importa, mas é um facto. A terra dá-nos tudo. É tão generosa que mesmo após tanta destruição continua a regenerar-se e a alimentar-nos a alma e o corpo. Os melhores alimentos vêm do solo que pisamos. As praias encontram-se o ano todo no mesmo lugar. 0 mar e a areia não desaparecem. Existem desde sempre e para sempre e estão à tua disposição sempre que entenderes senti-los. As florestas, os bosques e os jardins, a mesma coisa. A essência do verde, apesar de amarelar no outono e cair no inverno, mantém-se intacta, disponível para a respirares e te entregares sempre que precisares de te curar. O vento sopra todos os dias. O sol intercala com a chuva para poderes sentir sempre algo novo quando vais à janela ou sais à rua. O céu está sempre estrelado ou cheio de formas para que possas agradecer ou dar asas à tua criatividade. Mas há mais. Os nossos amigos são de graça.

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Este país não pode melhorar enquanto o governo gastar todo o seu dinheiro na propaganda da rosca e a oposição colocar todo seu esforço na condenação do furo.