Portugal Necessita de um Projecto Mobilizador
Portugal necessita de um projecto mobilizador. É tempo de que este país encontre um rumo definido de recuperação e de desenvolvimento. Somos um país pobre em recursos materiais, mas mesmo os poucos que temos estamos a desperdiçá-los. Somos ricos em recursos humanos que se encontram abandonados.
Só com uma política que em matéria de recursos nacionais privilegie a agricultura e as pessoas, que aproveite todas as potencialidades dos serviços e da indústria, conjugada com uma política de investigação científica e tecnológica, com uma política cultural, com uma política de educação, poderemos sair da situação dramática em que nos encontramos.
Passagens de Francisco Sá Carneiro
117 resultadosA Política Cultural
A política cultural deve radicar nos valores e nas realidades portuguesas. A política de educação deve ser não mera repetição, mas inovação, progresso e igualdade de oportunidades para todos. Apolítica de investigação científica e tecnológica deve mobilizar os intelectuais portugueses em conjunto com o Povo, aproveitar todas as potencialidades humanas dos Portugueses, seja qual for o seu estrato social ou o seu setor de trabalho, permitir dar uma esperança nova aos Portugueses. Para isso é necessária a estabilidade política.
O comentário político ou é laudatório ou não vê a luz do dia.
Os ministros, sejam eles quais forem, pertençam a que partido pertencerem, devem vir a esta Assembleia com frequência dar conta dos seus actos.
Não há nada que pague a sinceridade na acção política, como em tudo.
A paz engloba a justiça social.
Defendemos a propriedade privada, na medida em que impõe o respeito da pessoa. Em nome da mesma pessoa combatemos os abusos da propriedade, a concentração da riqueza, o domínio do poder económico.
O compromisso entre soluções socialistas e liberais caracteriza a política dos nossos dias em alguns países ocidentais.
Os Órgãos de Comunicação
Condições da liberdade de pensamento, da existência da opinião pública, do desenvolvimento da consciência da sociedade, da fiscalização dos atos do poder, a livre expressão e o direito à informação exigem aos órgãos de comunicação de massas que eles pratiquem a transparência e respeitem o pluralismo político. É o que deles esperamos confiadamente. (…) Todos os órgãos de informação, desde que não sejam propriedade de determinado partido, a todos têm de estar abertos. Nessa matéria são inúmeras as nossas razões de queixa.
Nunca me senti tão sozinho e nunca tive tanta certeza de estar tão certo.
A abstenção é um acto de cobardia política.
Não discuto o direito que todos têm de criticar as opções políticas de cada um.
É essencial que os partidos, as pessoas, os movimentos, as associações assumam as suas responsabilidades e ponham de parte o clima de ataques demagógicos e irresponsáveis, bem como os clamores de sociabilização imediata, que têm vindo a intensificar-se desde o 25 de Abril.
Não somos nem queremos ser um partido de quadros ou de elites.
Por mim, limito-me a não injuriar ou atacar. A explicar apenas que estas eleições são o julgamento daquilo que os nossos adversários fizeram nos últimos anos.
O fim principal do poder político é o serviço da pessoa. O Estado está ao serviço da pessoa.
Quando tenho um minuto faço como o Mário Soares: vou ver galerias de pintura.
Somos socialistas porque somos sociais-democratas, mas somos socialistas sem subordinação a dogmas marxistas, muito menos leninistas, sem subordinação a dogmas de apropriação colectiva dos meios de produção.
O Estado deverá garantir suficiente capacidade humana, técnica e financeira para poder intervir como investidor, realizando projectos de grande dimensão em sectores estratégicos da actividade económica nacional.
O único valor absoluto na Terra é o Homem e é com ele que há que contar na equacionação e resolução dos problemas.