Frases sobre Alma de Florbela Espanca

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Frases de alma de Florbela Espanca. As mais belas frases e mensagens de Florbela Espanca para ler e compartilhar.

As almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.

Há sonhos que ao enterrar-se,
Levam dentro do caixão,
Bocados da nossa alma,
Pedaços de coração!

Dizes tu que os livros te não consolam!? Que te irritam!? Que blasfémia, minha Júlia! Pois há lá melhores amigos!? Os livros, mas livros destes em que a alma dos bons anda sangrando por todas as suas páginas; livros que eu beijo de joelhos, como se enternecidamente beijasse as mãos benditas dos que os escreveram! Lê os versos de António Nobre, o meu santo poeta da Saudade. Lê o «Fel» de José Douro, o malogrado poeta esquecido e desprezado. Lê «Doida de Amor» de Antero de Figueiredo, e depois diz-me se eles te irritam!…

Quando o teu olhar infindo
Poisa no meu, quase a medo,
Temo que alguém adivinhe
O nosso casto segredo.

Logo minha alma descansa;
Por saber que nunca alguém
Pode imaginar o fogo
Que o teu frio olhar contém.

Às vezes sinto em mim uma elevação de alma, o voo translúcido duma emoção em que pressinto um pouco do segredo da suprema e eterna beleza; esqueço a minha miserável condição humana, e sinto-me nobre e grande como um morto.

Sonho que um verso meu tem claridade para encher o mundo! E que deleita mesmo aqueles que morrem de saudade! Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!