Deus é a Sua melhor anedota.
Frases de Fernando Pessoa
1092 resultadosPensar é não saber existir.
Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.
O Deus do idealista alarga-se para além da definição e da mais absoluta convertibilidade.
Em toda a filosofia humana, em toda a ciência, há sempre uma ideia fundamental – variável segundo os sistemas e as ciências – que nos esquecemos de provar.
Nenhum homem, digno de nome humano, pode concordar ou colaborar com outro homem, excepto em coisas absolutamente inúteis, como as ordens religiosas, os ministérios, o canto coral, e as fitas cinematográficas.
O pensamento tem um vício. Cria um neologismo para o descrever – coisar.
Ser descontente é ser homem.
Para quê olhar para os crepúsculos se tenho em mim milhares de crepúsculos diversos – alguns dos quais que o não são – e se, além de os olhar dentro de mim, eu próprio os sou, por dentro?
Pertenço, porém, àquela espécie de homens que estão sempre na margem daquilo a que pertencem, nem vêem só a multidão de que são, senão também os grandes espaços que há ao lado.
Que mãos estenderei para que universo? O universo não é meu: sou eu.
A consciência é o maior prodígio da inconsciência.
Porque é bela a arte? Porque é inútil. Porque é feia a vida? Porque é toda fins e propósitos e intenções.
Deus é o existirmos e isto não ser tudo.
Todo o homem de acção é essencialmente animado e optimista porque quem não sente é feliz.
Agir é descrer. Pensar é errar.
O verdadeiro cadáver não é o corpo (…), mas aquilo que deixou de viver(…)
Sem sintaxe não há emoção duradoura. A imortalidade é uma função dos gramáticos.
Nas faldas do Himalaia, o Himalaia é só as faldas do Himalaia. É na distância ou na memória ou na imaginação que o Himalaia é da sua altura, ou talvez um pouco mais alto.
Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor. Como as outras, ridículas…