Frases de Franz Kafka

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Frases de Franz Kafka. Conheça este e outros autores famosos em Poetris.

Superstição e princípios é o que torna a vida possível; alcança-se um inferno de virtude através de um céu de vícios. Tão facilmente? Tão imundamente? Tão inacreditavelmente? A superstição é fácil.

O termo literatura, dito como censura, é uma abreviatura tão forte que – deve ter sempre havido uma intenção semelhante desde os primeiros tempos – se tornou uma abreviatura também para ideias; o termo retira a verdadeira perspectiva e obriga a censura a cair muito antes e muito longe do seu alvo.

Com tanta firmeza quanto a mão segura a pedra. Ela segura-a firmemente, porém, só para a atirar mais longe. Mas o caminho também leva àquelas distâncias.

Quem me pode confirmar a verdade ou a probabilidade do facto de ser apenas devido à minha missão literária que eu me desinteresso de todas as outras coisas e por isso não tenho coração?

Duas tarefas do início da vida: limitar o teu círculo cada vez mais e verificar continuamente se não estás escondido em algum lugar fora do teu círculo.

Duas possibilidades: fazer-se infinitamente pequeno ou ser assim. A primeira é a perfeição, ou seja, a inacção; a segunda, o início, a acção.

De novo arrastado por esta racha terrĂ­vel, comprida, estreita, o que na realidade sĂł em sonhos se pode obrigar a fazer. De propĂłsito e acordado de certeza que nunca conseguirĂ­amos.

Toda a educação assenta nestes dois princípios: primeiro repelir o assalto fogoso das crianças ignorantes à verdade e depois iniciar as crianças humilhadas na mentira, de modo insensível e progressivo.

Crer no progresso não significa crer que ele já aconteceu. Isso não é crença.

Os bons vão ao passo certo; os outros ignorando-os inteiramente, dançam à volta deles a coreografia da hora que passa.

Não se pode pagar o mal às prestações – e, no entanto, as pessoas tentam isso sem parar. Seria concebível que Alexandre, o Grande, a despeito dos êxitos guerreiros da sua juventude, do excelente exército que formou, das forças que sentia dentro de si para mudar o mundo, tivesse estacado às margens do Helesponto e jamais o tivesse atravessado, na verdade não por medo, indecisão ou falta de energia, mas por causa da força da gravidade.

O medo da loucura. Ver a loucura em todas as emoções que se esforçam sempre para a frente e que nos fazem esquecer de tudo o resto. Que é, então, a não loucura? A não loucura é ficar parado, de pé, como um mendigo à soleira da porta, ficar ao lado da entrada, apodrecer e cair.