Enquanto Portugal teve homens de “havemos de fazer” (que sempre os teve) não tivemos liberdade, não tivemos reino, não tivemos coroa. Mas tanto que tivemos homens de “quid facimus” (que fazemos), logo tivemos tudo.
Frases sobre Homens de António Vieira
44 resultadosQuanto é mais eficaz e poderosa para mover os ânimos dos homens a esperança das coisas próprias, que a memória das alheias?
A admiração é filha da ignorância, porque ninguém se admira senão das coisas que ignora, principalmente se são grandes; e mãe da ciência, porque admirados os homens das coisas que ignoram, inquirem e investigam as causas delas até as alcançar, e isto é o que se chama ciência.
Se um homem está verdadeiramente arrependido, se conhece verdadeira e profundamente as suas culpas, nunca ninguém dirá dele tanto mal, que ele se não julgue por muito pior.
Nascer pequeno e morrer grande é chegar a ser homem.
Meditar não é outra coisa que cuidar um homem no que lhe importa ou deseja e nenhum há que não medite.
Os homens não amam o que cuidam que amam.
Os homens costumam conhecer nos outros, não a pessoa, senão a fortuna.
Que cousa é a conversão de uma alma, senão entrar um homem dentro em si e ver-se a si mesmo?
Nenhuma coisa trazemos os homens mais esquecida e desconhecida, nenhuma trazemos mais detrás de nós, que a nós mesmos.
Nenhum homem há que não dê pelo pão e ao pão todo o seu cuidado.
O homem incapaz de julgar, por um lado, nem vê o que é melhor nem o aprova; por outro, aprova o que é pior e segue-o como se fosse o melhor.
Sendo tão natural ao homem o desejo de ver, o apetite de ser visto é muito maior.
O fim para que os homens inventaram os livros foi para conservar a memória das coisas passadas contra a tirania do tempo e contra o esquecimento dos homens, que ainda é maior tirania.
Lembra-te, homem, que és pó levantado e hás-de ser pó caído.
A fortuna nunca iguala os desejos dos homens.
A vida de um homem compõe-se de muitas idades, e o que acontece em qualquer destas idades se diz com toda a propriedade e verdade que acontece nos dias daquele homem.
Não pode haver maior cegueira, nem mais cega, que ser um homem cego, e cuidar que o não é.
A primeira coisa que morre em o homem é a língua e a última coisa que lhe acaba é o coração. Será talvez porque a língua é que viveu mais desunida e por isso mais solta. O coração morre com menos pressa, porque todo o sangue se une para sua defesa.
Não está o erro em desejarem os homens ser, mas está em não desejarem ser o que importa.