Poucos homens foram admirados pelos seus criados.
Frases de Michel de Montaigne
98 resultadosĂ inexplicĂĄvel quanto me servem os livros para viver: sĂŁo o melhor alimento que tenho encontrado nesta viagem da vida humana. Com bons livros, o enfermo nĂŁo deve queixar-se, pois tem a cura ao alcance da mĂŁo.
NinguĂ©m estĂĄ livre de dizer tolices; o imperdoĂĄvel Ă© dizĂȘ-las solenemente.
HĂĄ muitos homens incivis por demasiada civilidade e importunos por demasiada cortesia.
A virtude Ă© coisa deveras inĂștil e frĂvola, caso apenas tenha a recomendĂĄ-la a glĂłria.
Na verdadeira amizade, em que sou experimentado, dou-me mais ao meu amigo que o puxo para mim. Não só prefiro fazer-lhe bem a que ele mo faça mas ainda que ele o faça a si próprio a que mo faça.
A esperança é doce, porém azeda como o mel.
Na verdade, o cuidado e a despesa dos nossos pais visam apenas enriquecer as nossas cabeças com ciĂȘncia; quanto ao juĂzo e Ă virtude, as novidades sĂŁo poucas.
Temos na filosofia uma medicina muito agradĂĄvel, pois, nas outras, sentimos o bem-estar apenas depois da cura; esta faz bem e cura ao mesmo tempo.
Qualquer que seja a aparĂȘncia da novidade, eu nĂŁo mudo facilmente, com medo de perder com a troca.
A verdadeira liberdade Ă© podermos tudo por nĂłs.
O mais constante sinal de sabedoria Ă© um constante jĂșbilo.
Todos os dias vĂŁo em direcção Ă morte, o Ășltimo chega a ela.
NĂŁo Ă© uma alma nem um corpo que se formam, Ă© um ser humano. NĂŁo se deve separar uma coisa da outra.
Mesmo no mais alto trono do mundo estamos sempre sentados sobre o nosso rabo.
A mais honrosa das ocupaçÔes Ă© servir o pĂșblico e ser Ăștil ao maior nĂșmero de pessoas.
O ciĂșme Ă©, de todas as doenças da mente, aquela a que mais coisas servem de alimento e menos coisas de remĂ©dio.
Um bom casamento seria o de uma mulher cega com um homem surdo.
A ignorĂąncia que se conhece, se julga e se condena nĂŁo Ă© uma ignorĂąncia completa: para que o seja, Ă© preciso que se ignore a si mesma.
Afinal de contas, atribui-se preço bem alto às suas conjecturas quando se cozinha um homem vivo por causa delas.