Porque eu só preciso de pés livres, de mãos dadas, e de olhos bem abertos.
Passagens de Guimarães Rosa
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Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se.
O trágico não vem a conta-gotas.
Quando eu morrer, que me enterrem na beira do chapadão, contente com minha terra, cansado de tanta guerra, crescido de coração.
Viver é um descuido prosseguido.
Sigo à risca. Me descuido e vou ? Quebro a cara. Quebro o coração. Tropeço em mim. Me atolo nos cinco sentidos.
De sofrer e de amar, a gente não se desfaz.
Que Deus existe, sim, devagarinho, depressa. Ele existe – mas quase só por intermédio da ação das pessoas: de bons e maus. Coisas imensas no mundo. O grande-sertão é a forte arma. Deus é um gatilho?
Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães, é questão de opiniões…
Não gosto desse passarinho. Não gosto de violão. Não gosto de nada que põe saudades na gente.
E Miguilim mesmo se achava diferente de todos. Ao vago, dava a mesma ideia de uma vez, em que, muito pequeno, tinha dormido de dia, fora de seu costume – quando acordou, sentiu o existir do mundo em hora estranha, e perguntou assustado: – ‘Uai, Mãe, hoje já é amanhã?!
Infelicidade é questão de prefixo.
Felicidade se acha é em horinhas de descuido
Alvor avançavam parados dentro da luz
Viver é negócio muito perigoso.
Vida é noção que a gente completa seguida assim, mas só por lei duma ideia falsa. Cada dia é um dia.
Natureza da gente não cabe em certeza nenhuma.
Mas quem é que sabe como? Viver… o senhor já sabe: viver é etcétera…
Mas, onde é bobice a qualquer resposta, é aí que a pergunta se pergunta.
O medo é a extrema ignorância em momento muito agudo.