Amamos as filhas por aquilo que elas são e os filhos por aquilo que prometem vir a ser.
Passagens de Johann Wolfgang von Goethe
478 resultadosNa plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
A multidão não envelhece nem adquire sabedoria: permanece sempre na infância.
Todo anseio humano é, na verdade um anseio por Deus.
O diabo é um egoísta.
Corrigir ajuda; encorajar, ajuda ainda mais
Ninguém falaria tanto na presença dos outros se se soubesse quantas vezes se é mal interpretado.
A natureza reservou para si tanta liberdade que não a podemos nunca penetrar completamente com o nosso saber e a nossa ciência.
O amor não se deve somente queimar, mas também aquecer.
No mundo há muitas palavras mas poucos ecos.
Uma pessoa nobre atrai os nobres e sabe conservá-los.
Não conhecemos as pessoas quando elas se dirigem a nós; somos nós que temos de nos dirigir a elas para saber como são.
Ser Distinto
A elegância distinta (…) é difícil de imitar, porque, no fundo, ela é negativa e pressupõe uma prática longa e constante. Pois a pessoa não deve, por exemplo, representar na sua atitude qualquer coisa que indique dignidade, já que dessa maneira se cai facilmente num carácter formal e orgulhoso; antes se deve, simplesmente, evitar o que é indigno, o que é vulgar; a pessoa nunca se deve esquecer, deve prestar sempre atenção a si e aos outros, não perdoar nada a si própria, não fazer aos outros nem de mais, nem de menos, não parecer comovida com nada, não se impressionar com nada, nunca se apressar demasiado, saber dominar-se em qualquer momento e, assim, manter um equilíbrio exterior, por muito forte que seja interiormente o temporal.
O homem nobre pode, em certos momentos, desleixar-se; o homem distinto nunca. Este é como um homem muito bem vestido: não se enconstará em lado nenhum e toda a gente evitará roçar nele. Ele distingue-se dos outros e, todavia, não deve ficar sozinho; pois, tal como em todas as artes e, portanto, também nesta, o mais difícil deve, finalmente, ser executado com facilidade: por isso, a pessoa distinta, apesar de todo o isolamento,
O erro só é bom, enquanto somos jovens. À medida que avançamos na idade, não convém que o arrastemos atrás de nós.
Quando o homem ama a mulher, fala muito com ela, e sobre ela; quando deixa de a amar, fala com ela sobre ele.
O Demónio do Artifício
Não são muitas as pessoas dotadas para a apreensão da Natureza e para a sua utilização imediata. A maior parte gosta de descobrir entre o conhecimento e a utilização uma espécie de castelo nas nuvens, que se entretêm a aperfeiçoar, esquecendo assim ao mesmo tempo o objecto e a respectiva utilização.
Do mesmo modo, não é fácil compreender-se que o que acontece nos grandes domínios da Natureza é o mesmo que sucede nos mais pequenos. Mas se a experiência o indica com premência, os indivíduos acabam por aceitar tal ideia de bom grado. Há um parentesco entre a atracção de fragmentos de palha por uma vareta de âmbar depois de friccionada e a mais terrível das tempestades. Em certo sentido são o mesmo fenómeno. E há outros casos em que não temos dificuldade em aceitar essa micromegalogia. Mas rapidamente somos abandonados pelo puro espírito da Natureza e apodera-se de nós o demónio do artifício, que sabe sempre insinuar-se em todos os campos.
Aptidão, Vontade, e Acção
No reino da Natureza dominam o movimento e o agir. No reino da liberdade dominam a aptidão e o querer. O movimento é perpétuo e, sendo favoráveis as circunstâncias, manifesta-se necessariamente nos fenómenos. As aptidões, desenvolvendo-se embora em correspondência com a Natureza, têm contudo que ser postas em exercício por parte da vontade para poderem elevar-se gradualmente. É por isso que nunca temos no exercício livre da vontade a mesma certeza que temos na autonomia do agir natural; este último é qualquer coisa que se produz a si mesma enquanto que o primeiro é produzido.
O exercício da vontade, para ser perfeito e eficaz, tem que se adequar: no plano moral, à consciência – a uma consciência sem erro -, e, no domínio das artes, à regra – a uma regra que em nenhum lado está enunciada. A consciência não precisa de nenhum patrocínio, porque tem tudo o que lhe é necessário e porque só tem que ver com o mundo pessoal interior. O génio também não precisaria de nenhuma regra, mas, uma vez que a sua eficácia se dirige para o exterior, está na dependência de múltiplas contingências materiais e temporais, não lhe sendo possível escapar a erros que daí decorrem.
O público deve ser tratado como as mulheres: só se lhes deve dizer o que elas querem ouvir.
Todo dia, devíamos ler um bom livro, uma boa poesia, ver um quadro bonito, e, se possível, dizer algumas palavras sensatas.
Toda a atracção é recíproca.