O Amor nĂŁo Acontece. Decide-se.
Há quem julgue que o amor Ă© alheio Ă vontade humana, algo superior que elege, embala e conduz… e que quase nada se pode fazer perante tamanha força. Isso Ă© uma mera paixĂŁo no seu sentido menos nobre. E, nesse caso, sim, o amor acontece… Ao contrário, amar Ă© estar acima das paixões e dos apetites. Mesmo quando o amor nasce de uma espontaneidade, resulta de um claro discernimento.
O amor decorre de uma decisĂŁo. De um compromisso. ConstrĂłi-se de forma consciente. AtravĂ©s do heroĂsmo de alguĂ©m livre que decide ser o que poucos ousam. Escolhe para fim de si mesmo ser o meio para a felicidade daquele a quem ama. Sim, decide-se amar e, sim, decide-se a quem amar.
O amor autĂŞntico Ă© raro e extraordinário, embora o seu nome sirva para quase tudo… a maior parte das vezes designa egoĂsmos entrelaçados, cada vez mais comuns. SĂŁo poucos os que se aventuram, os que arriscam tudo, os que se dispõem a amar mesmo quando sabem que poucos sequer perceberĂŁo o que fazem, o seu porquĂŞ e o para quĂŞ.
O amor nĂŁo supõe reciprocidade. Amar Ă© dar-se por completo e aceitar tudo… nĂŁo se contabilizam ganhos e perdas,
Textos sobre Nomes de JosĂ© LuĂs Nunes Martins
2 resultadosO Amor nĂŁo se Promete
Há uma distância fundamental entre as palavras e os gestos de cada homem. As palavras prometem mundos, os gestos constroem-nos. As palavras esclarecem pouco, os gestos definem quase tudo.
O amor Ă© um projeto, uma construção que necessita de ser realizada a cada dia. Sem grandes discursos. Qualquer hora Ă© tempo de amar. Se o amor Ă© verdadeiro, nĂŁo há tempos de descanso, porque o silĂŞncio no coração dos que buscam lutar contra as trevas dos egoĂsmos Ă© a paz mais profunda e o maior descanso… ainda que se cravem espinhos na carne, ainda que nĂŁo sarem as feridas antigas, ainda que a esperança tenha pouco mais onde se apoiar do que nela prĂłpria.
Cada um de nĂłs Ă© aquilo que for capaz de ir construindo de firme e duradouro a cada dia por entre todas as tempestades da vida.
Há muito quem sonhe e passe o tempo a desejar o que nĂŁo Ă©… esperam e desesperam por algo que lhes há de chegar de fora… rejeitando quase tudo quanto sĂŁo, quando, na verdade, Ă© com o que temos e somos que devemos ser felizes, por pouco e por pior que seja… somos nĂłs. Mas nĂłs nĂŁo somos quem somos sĂł para nĂłs mesmos.