Textos sobre Ricos de José Luís Nunes Martins

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Textos de ricos de José Luís Nunes Martins. Leia este e outros textos de José Luís Nunes Martins em Poetris.

O Sustentáculo do Amor

A paz é algo que nenhum homem pode dar a outro. Um dos fins mais importantes para quem arrisca ser quem é será o de construir a sua própria paz. Esta resulta de um trabalho duro de equilíbrio das vontades, de uma harmonização árdua das diferentes dimensões interiores, como o pensar e o sentir; é um estado ágil e dinâmico que, ao limite, permite ultrapassar e vencer qualquer adversidade.
A paz não é o estado de quem vive uma ausência de conflitos, é o resultado da conciliação corajosa das diferentes forças que, dentro e fora de cada homem, tentam prevalecer sobre as demais, menosprezando-se mutuamente.

Muitos são os que julgam ter encontrado a paz quando se livram do sonho do amor. Estão enganados, o caminho até à felicidade é ainda longo para quem cansado assim se contenta, repousando de uma luta que nem chegou a começar.

A paz é um ponto de passagem de quem ruma à plenitude da vida. A paz é o ponto de partida para o amor, que por sua vez lança o homem para a felicidade. A paz é o ponto de chegada dos que sofrem as dores mais profundas.

A verdade Ă© tranquila.

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O Amor Ă© o ContraegoĂ­smo

Cada vez mais pessoas estĂŁo preocupadas consigo mesmas. Cuidam de si de uma forma tĂŁo dedicada que se poderia supor que estĂŁo a construir algo de verdadeiramente belo e forte; mas nĂŁo… os resultados sĂŁo normalmente fracos e frágeis. Gente manipulável que se deixa abater por uma simples brisa… cultivam o eu como a um deus, mas sĂŁo facilmente derrubados pela mĂ­nima contrariedade.

Tendo a originalidade por moda não será paradoxal que a sociedade esteja a tornar-se cada vez mais uniforme? Como a multidão tende sempre a nivelar-se por baixo, estamos a tornar-nos cada vez piores.

Hoje parece não haver tempo nem espaço para um cuidado mais fundo com a nossa essência – são poucos os que hoje têm amigos verdadeiros com quem aprendem, a quem se dão e de quem recebem valores essenciais.
Por medo da solidĂŁo quer-se conhecer gente, cada vez mais gente. Talvez o facto de se buscar uma quantidade de amizades mais do que a qualidade das mesmas explique por que, afinal, há cada vez mais solidĂŁo… sempre que prefiro partir em busca do novo, escolho abandonar aquele(s) com quem estava.

O sucesso das redes virtuais Ă© hoje um sintoma,

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Os Inimigos do Progresso

O progresso que se deseja hoje é algo que dependerá mais da vontade individual do que dos prodígios impessoais dos mercados.

A miséria e a ignorância são dois travões ao desenvolvimento.

Hoje, nenhuma pobreza é casual ou inevitável, porque existem os meios que permitem garantir a total erradicação da indigência. A que existe é fruto de uma decisão maioritária de vontades individuais. Alguns julgam que será consequência da ação dos mercados que, ao selecionar e premiar os melhores, filtra e castiga os que têm menos capacidades de contribuir para o sucesso tal como o entendem alguns; outros preferem apontar como causa da pobreza a existência de gente rica, logo, a solução passaria, para estes, por eliminar as camadas sociais mais abastadas. Entre tanta discussão não fazem nada, e quase unanimemente condenam quem o faz.
A ignorância Ă© um mal. A liberdade supõe o privilĂ©gio atĂ© de errar, mas sempre dentro de um quadro com todas as opções. Quem nĂŁo sabe, nĂŁo pode escolher bem. SĂł há liberdade com conhecimento. Mas há muitos que julgam que sĂł serĂŁo livres enquanto nĂŁo o formos todos…

Se em vez de nos sentarmos a divagar nos levantássemos e,

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