Passagens de Anais Nin

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Frases, pensamentos e outras passagens de Anais Nin para ler e compartilhar. Os melhores escritores estão em Poetris.

Subtraia a superintensidade, o chiado das idéias, e você tem uma mulher que ama a perfeição.

A tua beleza submerge-me, submerge o mais fundo de mim. E quando a tua beleza me queima, dissolvo-me como nunca, perante um homem, me dissolvera. De entre os homens eu era a diferente, era eu própria, mas em ti vejo a parte de mim que és tu. Sinto-te em mim. Sinto a minha própria voz tornar-se mais grave como se te tivesse bebido, como se cada parcela da nossa semelhança estivesse soldada pelo fogo e a fissura não fosse detectável.

O Amor Dominado

Um homem que domina é um homem que não ama. Tem uma tremenda vitalidade animal, uma força, capaz de conquistar. É um conquistador, as pessoas submetem-se-lhe, mas ele não ama ou compreende. É apenas uma força e encontra-se imbuído da sua própria força. Se chegar a amar, será uma força como a sua, pelo que, novamente, ama apenas uma espécie de força igual à sua, e não as outras, o que seria uma infiltração. Observe-se bem o conquistador; observe-se o homem ou a mulher que domina os outros: não é ele quem ama. Aquele que ama é o ser que é dominado.

Mas o medo da loucura, Jeanne, só o medo da loucura nos levará a ultrapassar as fronteiras invioláveis da nossa solidão.

O único transformador, o único alquimista que muda tudo em ouro, é o amor. O único antídoto contra a morte, a idade, a vida vulgar, é o amor.

Você tem o direito de experimentar na vida. Você vai cometer erros, isso é certo.

… e ela tentou amá-lo. Mas ela reclamou que ele proferiu palavras tão comuns, que ele nunca poderia dizer a frase mágica que abriria seu ser.

Um Clímax Duplo

Meu Amor,

Hoje vou buscar as minhas pérolas! Vou já à loja de fotografias e terei os instantâneos para ti amanhã à noite. Estou livre amanhã à noite. Onde queres que te encontre?

A mulher do Allendy teve uma atitude desesperada, e ele deu um pulo até à Bretanha por uns tempos. Tivemos uma cena linda que te relatarei… Profundamente interessante… Aqui mesmo em Louveciennes, há uma hora. Então vou trabalhar noutras coisas. O teu livro incha dentro de mim como o meu próprio — mais jovialmente ainda do que o meu, porque o teu livro é para mim uma fecundação, ao passo que o meu é um acto de narcisismo. Eu digo: deixem uma mulher escrever livros, mas deixem-na acima de tudo permanecer fecundável por outros livros!

Entendes-me? Regozijo nos teus planos imensos, nas tuas ideias… Essas nossas conversas, Henry, como ressaltam, são tão firmes… Henry, nunca haverá momentos mortos, porque em nós ambos existe sempre movimento, renovação, surpresas. Nunca conheci a estagnação. Nem mesmo a introspecção tem sido uma experiência estática… Mesmo em nada leio maravilhas, e no mero acto de esburacar a terra, em vez de minas de ouro, consigo gerar entusiasmo.

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Eu não soube suportar a passagem das coisas. Tudo o que flui, tudo o que passa, tudo o que mexe sufoca e enche-me de angústia.

A origem da mentira está na imagem idealizada que temos de nós próprios e que desejamos impor aos outros.