Passagens sobre EvidĂȘncia

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O maior pecado contra a mente humana Ă© acreditar em coisas sem evidĂȘncias. A ciĂȘncia Ă© somente o supra-sumo do bom-senso – isto Ă©, rigidamente precisa em sua observação e inimiga da lĂłgica falaciosa.

O facto de uma opiniĂŁo ser amplamente compartilhada nĂŁo Ă© nenhuma evidĂȘncia de que nĂŁo seja completamente absurda; de facto, tendo-se em vista a maioria da humanidade, Ă© mais provĂĄvel que uma opiniĂŁo difundida seja tola do que sensata.

A DĂĄdiva da EvidĂȘncia de Si

Que havia, pois, mais para a vida, para responder ao seu desafio de milagre e de vazio, do que vivĂȘ-la no imediato, na execução absoluta do seu apelo? Eliminar o desejo dos outros para exaltar o nosso. Queimar no dia-a-dia os restos de ontem. Ser sĂł abertura para amanhĂŁ. A vida real nĂŁo eram as leis dos outros e a sua sanção e o seu teimoso estabelecimento de uma comunidade para o furor de uma plenitude solitĂĄria. O absoluto da vida, a resposta fechada para o seu fechado desafio sĂł podia revelar-se e executar-se na uniĂŁo total com nĂłs mesmos, com as forças derradeiras que nos trazem de pĂ© e sĂŁo nĂłs e exigem realizar-se atĂ© ao esgotamento. Este «eu» solitĂĄrio que achamos nos instantes de solidĂŁo final, se ninguĂ©m o pode conhecer, como pode alguĂ©m julgĂĄ-lo? E de que serve esse «eu» e a sua descoberta, se o condenamos Ă  prisĂŁo? SabĂȘ-lo Ă© afirmĂĄ-lo! ReconhecĂȘ-lo Ă© dar-lhe razĂŁo. Que ignore isso o que ignora que Ă©. Que o despreze e o amordace o que vive no dia-a-dia animal. Mas quem teve a dĂĄdiva da evidĂȘncia de si, como condenar-se a si ao silĂȘncio prisional? NinguĂ©m pode pagar, nada pode pagar a gratuitidade deste milagre de sermos.

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Viver na Luz ou no Reflexo da Vida

Todos aqueles que a fortuna pĂŽs em evidĂȘncia, que se distinguiram como agentes e partĂ­cipes de um poder alheio, somente gozaram de reputação e viram as suas casas cheias de visitantes enquanto em posição de destaque: assim que desapareceram, rapidamente foram esquecidos. Em contrapartida, o apreço que se dĂĄ aos homens de gĂ©nio cresce sempre; e nĂŁo sĂŁo apenas eles que recebem homenagem, mas tudo quanto estĂĄ ligado Ă  sua memĂłria.
(…) Tu atribuis uma certa grandeza ao tipo de vida que deverĂĄs abandonar; embora tenhas uma antevisĂŁo da vida sĂĄbia e tranquila a que irĂĄs aceder, o brilho aparente da vida mundana continua a atrair-te, como se o facto de abandonares a sociedade equivalesse a caĂ­res numa vida de obscuridade completa. EstĂĄs enganado, LucĂ­lio: passar da vida mundana Ă  vida da sabedoria Ă© uma ascensĂŁo! A luz distingue-se do reflexo por ter a sua origem em si mesma, enquanto o reflexo brilha com luz alheia; a mesma diferença separa os dois tipos de vida: a vida mundana tira o seu brilho de circunstĂąncias exteriores, e o mĂ­nimo obstĂĄculo imediatamente a torna sombria; a vida do sĂĄbio, essa brilha com a sua prĂłpria luminosidade!

A EvidĂȘncia da Morte

Às vezes ponho-me a pensar se a aceitação calma da morte no homem da terra nĂŁo serĂĄ o resultado desta Ă­ntima comunhĂŁo com o ritmo da natureza. No inverno, ĂĄrvores despidas; na primavera, folhas e flores; no verĂŁo, frutos. No inverno seguinte, ĂĄrvores despidas; na primavera, folhas e flores; no verĂŁo, frutos. No inverno a seguir… Eu bem sei que o homem da cidade tem por sua vez mil maneiras de notar este eterno retorno da vida e da morte. Parece-me Ă© que ali a coisa nĂŁo tem esta nitidez, esta evidĂȘncia, esta fatalidade.

A um Jovem Poeta

Procura a rosa.
Onde ela estiver
estĂĄs tu fora
de ti. Procura-a em prosa, pode ser

que em prosa ela floresça
ainda, sob tanta
metĂĄfora; pode ser, e que quando
nela te vires te reconheças

como diante de uma infĂąncia
inicial nĂŁo embaciada
de nenhuma palavra
e nenhuma lembrança.

Talvez possas entĂŁo
escrever sem porquĂȘ,
evidĂȘncia de novo da RazĂŁo
e passagem para o que nĂŁo se vĂȘ.