Fogos-FĂĄtuos
HĂĄ certas almas vĂŁs, galvanizadas
De emoção, de pureza, de bondade,
Que como toda a azul imensidade
Chegam a ser de sĂșbito estreladas.E ficam como que transfiguradas
Por momentos, na vaga suavidade
De quem se eleva com serenidade
Ăs risonhas, celestes madrugadas.Mas nada Ă s vezes nelas corresponde
Ao sonho e ninguém sabe mais por onde
Anda essa falsa e fugitiva chama…Ă que no fundo, na secreta essĂȘncia,
Essas almas de triste decadĂȘncia
SĂŁo lama sempre e sempre serĂŁo lama.