Angulo
Aonde irei neste sem-fim perdido,
Neste mar Ă´co de certezas mortas? –
Fingidas, afinal, todas as portas
Que no dique julguei ter construido…– Barcaças dos meus impetos tigrados,
Que oceano vos dormiram de SegrĂŞdo?
Partiste-vos, transportes encantados,
De embate, em alma ao rĂ´xo, a que rochĂŞdo?…– Ă“ nau de festa, Ăł ruiva de aventura
Onde, em Champanhe, a minha ânsia ia,
Quebraste-vos também ou, por ventura,
Fundeaste a Ouro em portos d’alquimia?…. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chegaram Ă baĂa os galeões
Com as sete Princesas que morreram.
Regatas de luar nĂŁo se correram…
As bandeiras velaram-se, orações…Detive-me na ponte, debruçado,
Mas a ponte era falsa – e derradeira.
Segui no cais. O cais era abaulado,
Cais fingido sem mar á sua beira…– Por sĂ´bre o que Eu nĂŁo sou há grandes pontes
Que um outro, sĂł metade, quer passar
Em miragens de falsos horizontes –
Um outro que eu nĂŁo posso acorrentar…