Quem é pobre pode julgar que, se deixasse de o ser, seria feliz. Quem é rico sabe que não há maneira de ser feliz.
Frases de Fernando Pessoa
1092 resultadosMinha alma está cansada da minha vida
* Vão para o diabo sem mim, ou deixem-me ir sozinho para o diabo! Para que haveremos de ir juntos?
Uma criatura de nervos modernos, de inteligência sem cortinas, de sensibilidade acordada, tem a obrigação cerebral de mudar de opinião e de certeza várias vezes no mesmo dia.
Toda a acção é incompleta e imperfeita. O poema que eu sonho não tem falhas senão quando tento realizá-lo.
Tão cansado de ter achado como de não ter achado. O fim e a soma do que somos, já o Pregador o disse: vaidade e aflição de ânimo.
Pertenço àquela espécie de homens que estão sempre na margem daquilo a que pertencem, nem veem só a multidão de que são, senão também os grandes espaços que há ao lado.
Citar é ser injusto. Enumerar é esquecer. Não quero esquecer ninguém de quem não me lembre.
Outrora eu era daqui, e hoje regresso estrangeiro, Forasteiro do que vejo e ouço, velho de mim. Já vi tudo, ainda o que nunca vi, nem o que nunca verei. Eu reinei no que nunca fui.
O amor é um sonho que chega para o pouco ser que se é.
Abdicar do fim procriativo do amor, sem abdicar do meio voluptuoso, é impróprio de um superior.
É claro que o português, com a sua tendência para ser tudo, forçosamente havia de ser nada de todas as maneiras possíveis.
Os outros não são para nós mais que paisagem, e, quase sempre, paisagem invisível de rua desconhecida.
Cada dia da minha vida é o dia mais infeliz da minha vida. Cada sonho é o sonho mais belo que eu tive.
Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais. E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Uma ficção é um erro relativo. Um erro é uma ficção absoluta.
E subia-nos o choro à lembrança, porque nem aqui, ao sermos felizes, o éramos…
Nada vale a pena, ó meu amor longínquo, senão o saber como é suave saber que nada vale a pena…
A coragem que vence o medo tem mais elementos de grandeza que aquela que o não tem. Uma começa interiormente; outra é puramente exterior. A última faz frente ao perigo; a primeira faz frente, antes de tudo, ao próprio temor dentro da sua alma.
Os factos provam o que quer o raciocinador. Nem, propriamente, existem factos, mas apenas impressões nossas, a que damos, por conveniência, aquele nome.