Para que um homem possa ser distintivamente e absolutamente moral, tem que ser um pouco estúpido.
Frases sobre Homens de Fernando Pessoa
97 resultadosO génio é a maior maldição com que Deus pode abençoar um homem.
Todo homem que tenha que talhar para si um caminho para o alto encontrará obstáculos incompreensíveis e constantes.
Nenhum homem tem o privilégio de entender o futuro, a não ser que esteja preparado para o criar.
O supremo estado honroso para um homem superior é não saber quem é o chefe de Estado do seu país, ou se vive sob monarquia ou sob república.
Os homens de acção são os escravos involuntários dos homens de entendimento.
Uma das formas de saúde é a doença. Um homem perfeito, se existisse, seria o ser mais anormal que se poderia encontrar.
E o homem do leme disse, tremendo,
‘El-Rei D. João Segundo!’
Compreendo que um homem seja orgulhoso; não compreendo que mostre sê-lo.
Que homem de génio não é obcecado por um sentido de missão?
O homem de génio é produzido por um conjunto complexo de circunstâncias, começando pelas hereditárias, passando pelas do ambiente, e acabando em episódios mínimos da sorte.
Que seria do mundo se fôssemos humanos? Se o homem sentisse deveras, não haveria civilização.
Goethe diz, com verdade, que o Deus de cada homem é como esse homem; não será então o Deus do maior homem o maior Deus?
O homem está acima do cidadão. Não há Estado que valha Shakespeare.
Saber ser supersticioso ainda é uma das artes que, realizadas a auge, marcam o homem superior.
Baste-nos, se pensarmos, a incompreensibilidade do universo; querer compreendê-lo é ser menos que homens, porque ser homem é saber que se não compreende.
A certeza – isto é, a confiança no carácter objectivo das nossas percepções, e na conformidade das nossas ideias com a «realidade» ou a «verdade» – é um sintoma de ignorância ou de loucura. O homem mentalmente são não está certo de nada, isto é, vive numa incerteza mental constante; quer dizer, numa instabilidade mental permanente; e, como a instabilidade mental permanente é um sintoma mórbido, o homem são é um homem doente.
O império supremo é o do Imperador que abdica de toda a vida normal, dos outros homens, em quem o cuidado da supremacia não pesa como um fardo de jóias.
Um dos aspectos da desigualdade é a singularidade – isto é, não o ser este homem mais, neste ou naquele característico, que outros homens, mas o ser tão-somente diferente deles.
O homem prefere ser exaltado por aquilo que não é, a ser tido em menor conta por aquilo que é. É a vaidade em acção.