Frases de Manuel Maria Barbosa du Bocage

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Frases de Manuel Maria Barbosa du Bocage. Conheça este e outros autores famosos em Poetris.

Virtude os meios ama, odeia extremos;
Extremos sĂŁo no mundo ou erro ou culpa.
Do mesmo que abrilhanta a Humanidade
Longe, longe, Ăł mortais, o injusto excesso!

A frouxidĂŁo no amor Ă© uma ofensa,
Ofensa que se eleva a grau supremo;
PaixĂŁo requer paixĂŁo; fervor e extremo
Com extremo e fervor se recompensa.

Um tĂ­mido pudor activos fogos
Contrariava em vĂŁo, em vĂŁo retinha
Ignotos medos, sĂŽfregos desejos.
Suspensa e curiosa, eu esperava
Gostosa cena, em que prolixas noites
Pensando o que seria, despendera.

PolĂ­tica feroz, que sempre armada
De bĂĄrbaros pretextos,
À morte horrenda em lĂșgubre teatro
DĂĄs vĂ­timas sem conto,
Apoucas e destrĂłis a Humanidade,
Afectando mantĂȘ-la.

Mas, ah tirano Amor! Ou cedo ou tarde
É forçoso aos mortais sofrer teu jugo;
Amor, tu Ă©s um mal que fere a todos:
Longa experiĂȘncia contra ti nĂŁo vale,
Ou Virtude, ou RazĂŁo, sĂł vale a Morte.

Tu, de quantos dragÔes o Inferno encerra,
És o pior, Inveja pestilente!
Morde a virtude, ao mérito faz guerra
Teu detestĂĄvel, teu maligno dente.

Sacode o jugo, despedaça os ferros,
A vaidade te anime.
Quase tudo o que Ă© raro, estranho, ilustre,
Da vaidade procede,
Móvel primeiro das acçÔes pasmosas.