A avareza Ă© a chave da pobreza.
Passagens sobre Pobreza
197 resultadosO trabalho espanta trĂȘs males: o vĂcio, a pobreza e o tĂ©dio.
Creio que tenho prova suficiente de que falo a verdade: a pobreza.
à bom viver dando graças a Deus, mas não é correta a fé masoquista daqueles que vivem dando graças a Deus pela doença, pelos sofrimentos, pela pobreza, etc.
SĂł hĂĄ uma pobreza: a ignorĂąncia.
A pobreza pĂ”e uma surdina em todas as actividades humanas, sem exceptuar as do espĂrito.
Bolor
Os versos
que te digam
a pobreza que somos,
o bolor nas paredes
deste quarto deserto,
o orvalho da amargura
na flor
de cada sonho
e o leito desmanchado
o peito aberto
a que chamaste
amor.
Pobreza nĂŁo envergonha.
A IlusĂŁo da ConsistĂȘncia da Obra do Escritor
O homem nĂŁo Ă© permanentemente igual a si mesmo. A velha concepção dos carĂĄcteres rectilĂneos e das mentalidades cristalizadas em sistemas imutĂĄveis abriu falĂȘncia. Tudo muda, no espaço e no tempo. Para um organismo vivo, existir – mesmo no ponto de vista somĂĄtico – Ă© transformar-se. Quando começamos cedo e envelhecemos na actividade das letras, nĂŁo hĂĄ um nĂłs apenas um escritor; hĂĄ, ou houve, escritores sucessivos, mĂșltiplos e diversos, representando estados de evolução da mesma mentalidade incessantemente renovada. Ao chegar a altura da vida em que a estabilização se opera, olhamos para trĂĄs, e muitas das nossas prĂłprias obras parecem-nos escritas por um estranho, tĂŁo longe se encontram jĂĄ, nĂŁo apenas dos nossos processos literĂĄrios, mas do nosso espĂrito, das nossas tendĂȘncias, da nossa orientação, dos nossos pontos de vista Ă©ticos e estĂ©ticos.
Nesse exame retrospectivo, por vezes doloroso, se de algumas coisas temos de louvar-nos – obras a que a nossa mocidade comunicou a chama viva do entusiasmo e da paixĂŁo -, de outras somos forçados a reconhecer a pobreza da concepção, os vĂcios da linguagem, as carĂȘncias da tĂ©cnica, e tantas vezes (poenitet me!) as audĂĄcias, as incoerĂȘncias, as injustiças, as demasias, a licença de certas pinturas de costumes e o erro de certas atitudes morais.
A pobreza nĂŁo Ă© vileza.
A Minha Inspiração
A minha inspiração são os homens e as mulheres que surgiram em todo o globo e escolheram o mundo como o teatro das suas operaçÔes, e que lutam contra as condiçÔes socioeconómicas que não promovem o avanço da Humanidade, onde quer que este ocorra. Homens e mulheres que lutam contra a supressão da voz humana, que combatem a doença, a iliteracia, a ignorùncia, a pobreza e a fome. Alguns são conhecidos, outros não. Essas são as pessoas que me inspiraram.
Antes de Amar-te Eu nada Tinha
Antes de amar-te, amor, eu nada tinha:
vacilei pelas ruas e pelas coisas:
nada contava nem tinha nome:
o mundo era do ar que aguardava.Conheci salÔes cinzentos,
tĂșneis habitados pela lua,
hangares cruéis que se despediam,
perguntas que teimavam sobre a areia.Tudo estava vazio, morto e mudo,
caĂdo, abandonado e abatido,
tudo era inalienavelmente alheio,tudo era dos outros e de ninguém,
até que a tua beleza e a tua pobreza
encheram o outono de presentes.
O dinheiro é melhor do que a pobreza, nem que seja por razÔes financeiras.
A ambição sujeita os homens a maior servilismo do que a fome e a pobreza.
Tem-se visto e vĂȘem-se homens que na pobreza sĂŁo ricos, na perseguição joviais e no desprezo estimados, porĂ©m, poucos se contam na boa fortuna ponderados.
A vontade é a herança indispensåvel da pobreza.
IgnorĂąncia e pobreza vĂȘm de graça, nĂŁo custam trabalho nem despesa.
De qualquer tipo que seja a pobreza, ela nĂŁo Ă© a causa da imoralidade, mas o efeito.
Ă pobreza faltam muitas coisas, Ă avareza falta tudo.
Frutas E Flores
Laranjas e morangos — quanto Ă s frutas,
Quanto às flores, porém, ah! quanto às flores,
Trago-te dĂĄlias rubras, d’essas cores
Das brilhantes auroras impolutas.Venho de ouvir as misteriosas lutas
Do mar chorando lĂĄgrimas de amores;
Isto Ă©, venho de estar entre os verdores
De um sĂtio cheio de asperezas brutas,Mas onde as almas — pĂĄssaros que voam —
Vivem sorrindo Ă s mĂșsicas que ecoam
Dos campos livres na rural pobreza.Trago-te frutas, flores, sĂł apenas,
Porque não pude, irmã das açucenas,
Trazer-te o mar e toda a natureza!