Passagens sobre Pobreza

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Jamais alguém escolheu como amigo aqueles que se encontram na mais extrema pobreza.

Em geral, festas e entretenimentos brilhantes e ruidosos trazem sempre no seu interior um vazio ou, melhor dizendo, uma dissonância falsa, mesmo porque contradizem de modo flagrante a miséria e a pobreza da nossa existência, e o contraste realça a verdade.

Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.

A presença de Deus no seio da humanidade não se realizou num mundo ideal, idílico, mas neste mundo real, marcado por tantas coisas boas e más, marcado por divisões, malvadezes, pobreza, prepotências e guerras. Ele optou por habitar a nossa história como ela é, com todo o peso dos seus limites e dos seus dramas, das nossas dificuldades, dos nossos pecados.

O Natal é o encontro com Deus que nasce na pobreza da gruta de Belém para ensinar o poder da humildade. Com efeito, o Natal é também a festa da luz que não é aceite pela gente «eleita», mas pela gente pobre e simples que esperava do Senhor a salvação.

A família tem muitos problemas que a põem à prova. Uma dessas provas é a pobreza. Estamos a pensar nas muitas famílias que povoam as periferias das megalópoles, mas também nas zonas rurais… Quanta miséria, quanta degradação! Apesar de tudo, há famílias pobres que procuram levar com dignidade a sua vida quotidiana, confiando muitas vezes na bênção de Deus.

A Infelicidade do Desejo

Um desejo é sempre uma falta, carência ou necessidade. Um estado negativo que implica um impulso para a sua satisfação, um vazio com vontade de ser preenchido.

Toda a vida é, em si mesma, um constante fluxo de desejos. Gerir esta torrente é essencial a uma vida com sentido. Cada homem deve ser senhor de si mesmo e ordenar os seus desejos, interesses e valores, sob pena de levar uma vida vazia, imoderada e infeliz. Os desejos são inimigos sem valentia ou inteligência, dominam a partir da sua capacidade de nos cegar e atrair para o seu abismo.
A felicidade é, por essência, algo que se sente quando a realidade extravasa o que se espera. A superação das expectativas. Ser feliz é exceder os limites preestabelecidos, assim se conclui que quanto mais e maiores forem os desejos de alguém, menores serão as suas possibilidades de felicidade, pois ainda que a vida lhe traga muito… esse muito é sempre pouco para lhe preencher os vazios que criou em si próprio.

Na sociedade de consumo em que vivemos há cada vez mais necessidades. As naturais e todas as que são produzidas artificialmente. Hoje, criam-se carências para que se possa vender o que as preenche e anula.

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A vida cristã é o caminho humilde de uma consciência que nunca é rígida, mas está sempre em relação com Deus, que sabe arrepender-se e, na sua pobreza, confiar-se a Ele, sem nunca presumir de bastar-se a si mesma. Assim se superam as edições revistas e atualizadas daquele mal antigo, denunciado por Jesus na parábola: a hipocrisia, a duplicidade de vida, o clericalismo que se faz acompanhar de legalismo, o afastamento do povo.

In Memoriam

Ao meu morto querido

Na cidade de Assis, “il Poverello”
santo, três vezes santo, andou pregando
Que o Sol, a Terra, a flor, o rocio brando,
Da pobreza o tristíssimo flagelo,

Tudo quanto há de vil, quanto há de belo,
Tudo era nosso irmão! — E assim sonhando,
Pelas estradas da Umbra foi forjando
Da cadeia do amor o maior elo!

“Olha o nosso irmão Sol, nossa irmã Água…”
Ah! Poverello! Em mim, essa lição
Perdeu-se como vela em mar de mágoa

Batida por furiosos vendavais!
— Eu fui na vida a irmã de um só Irmão,
E já não sou a irmã de ninguém mais!

As Riquezas e as Honras

As riquezas e as honras são objecto da ambição dos homens, mas se não podem ser alcançadas por meios rectos e honrados, cumpre renunciar a elas. A pobreza e as posições humildes merecem a aversão e o desprezo dos homens. Se delas não se pode sair por meios rectos e honrados, é mister neles permanecer. Se o homem abandona as virtudes humanitárias, como poderá merecer o nome que tem?
O homem superior não pode esquecer tais virtudes um momento que seja. Mesmo nas horas de maior apuro e confusão, deve pautar a sua conduta por elas.
Recuso-me a discutir com aquele que, pretendendo buscar a verdade, envergonha-se, ao mesmo tempo, de comer e vestir-se mal.

O verdadeiro cristianismo rejeita a ideia de que uns nascem pobres e outros ricos, e que os pobres devem atribuir a sua pobreza à vontade de Deus.

A Grande Renúncia

Cedo ou tarde, a todo o homem chega a grande renúncia. Para o jovem não existe nada inalcançável. Que algo bom e desejado com toda a força de uma vontade apaixonada seja impossível, não lhe parece crível. Mas, ou por meio da morte ou da doença, da pobreza ou da voz do dever, cada um de nós é forçado a aprender que o mundo não foi feito para nós e que, não importa quão belas as coisas que almejamos, o destino pode, não obstante, proibi-las. É parte da coragem, quando a adversidade vem, suportá-la sem lamentar a derrocada das nossas esperanças, afastando os nossos pensamentos de vãos arrependimentos. Esse grau de submissão (…) não é somente justo e correcto: ele é o portal da sabedoria.

Eu acho que nós até comunicamos muito bem, no nosso silêncio, no que não é dito, e que o que ocorre é uma evasão contínua, enquanto tentamos desesperadamente manter-nos a nós próprios para nós próprios. A comunicação é muito alarmante. Entrar na vida de outra pessoa é algo assustador. Divulgar aos outros a pobreza que está dentro de nós é uma possibilidade muito assustadora.