NĂŁo há Vida Boa sem AutodomĂnio
O homem faz-se ou desfaz-se a si mesmo. O homem controla as suas paixões, as suas emoções, o seu futuro. Consegue-o canalizando os seus impulsos fĂsicos para conseguir realizações espirituais. Qualquer animal pode esbanjar a sua força realizando os impulsos fĂsicos sempre que os sente. Compete ao homem canalizá-los para fins mais produtivos que a satisfação dos impulsos. NinguĂ©m se tornou ilustre por fazer o que lhe apetecia. Os homens insignificantes fazem o que querem – e tornam-se nuns ZĂ©s-NinguĂ©m. Os grandes submetem-se Ă s leis que regem o sector em que sĂŁo grandes.
O autodomĂnio Ă© sempre recompensado com uma força que dá uma alegria interior inexprimĂvel e silenciosa que se torna no tom dominante da vida. O autodomĂnio Ă© a qualidade que distingue os mais aptos para sobreviverem. O mais importante atributo do homem como ser moral Ă© a faculdade de autodomĂnio escreveu Herbert Spencer. Nunca houve, nem pode haver, uma vida boa sem autodomĂnio; sem ele a vida Ă© inconcebĂvel. A vitĂłria mais importante e mais nobre do homem Ă© a conquista de si mesmo.
Textos sobre Nobres
85 resultadosA Verdadeira Generosidade
Observo em nĂłs apenas uma Ăşnica coisa que nos pode dar justa razĂŁo para nos estimarmos, a saber: o uso do nosso livre-arbĂtrio e o domĂnio que temos sobre as nossas vontades. Pois as acções que dependem desse livre-arbĂtrio sĂŁo as Ăşnicas pelas quais podemos com razĂŁo ser louvados ou censurados, e ele torna-nos de alguma forma semelhante a Deus ao fazer-nos senhores de nĂłs mesmos, desde que por cobardia nĂŁo percamos os direitos que nos dá.
Assim, creio que a verdadeira generosidade, que faz um homem estimar-se a si mesmo no mais alto grau em que pode legitimamente estimar-se, consiste somente, por uma parte, em que ele sabe que não há algo que realmente lhe pertença a não ser essa livre disposição das suas vontades, nem por que ele deva ser louvado ou censurado a não ser porque faz bom ou mau uso dela; e, por outra parte, em que ele sente em si mesmo uma firme e constante resolução de fazer bom uso dela, isto é, de nunca deixar de ter vontade para empreender e executar todas as coisas que julgar serem as melhores. Isso é seguir perfeitamente a virtude.Nota: O latim generosus designa o homem ou animal que é de boa raça.
As Subtilezas da Alma
Tal como o corpo assimila coisas de toda a natureza – vulgares, poluĂdas ou purificadas por um padre ou por uma visĂŁo – e as converte em destreza ou força, mĂşsculo ou suavidade de linhas, curvas e cor do cabelo, dos lábios e dos olhos, assim tambĂ©m a Alma, por sua vez, tem as suas funções assimiladoras e pode transformar em nobres pensamentos e elevadas paixões o que em si mesmo Ă© baixo, cruel e degradante; mais ainda, pode encontrar nestas a maneira mais digna de afirmação. E muitas vezes pode revelar-se a si mesma de um modo mais perfeito atravĂ©s daquilo que estava destinado a destruĂ-la ou a profaná-la.
Insultar Ă© uma Honra
Assim como ser insultado Ă© uma vergonha, insultar Ă© uma honra. Por exemplo, mesmo que a verdade, o direito e a razĂŁo estejam do lado do meu adversário, nĂŁo deixo de insultá-lo; desse modo, todas as suas qualidades passam a ser desconsideradas, e o direito e a honra passam a estar do meu lado. Ele, pelo contrário, perdeu provisoriamente a sua honra – atĂ© conseguir restabelecĂŞ-la, nĂŁo mediante direito e razĂŁo, mas por tiros e estocadas. Logo, a rudeza Ă© uma qualidade que, no ponto de honra, substitui ou se sobrepõe sobre as outras. O mais rude tem sempre razĂŁo: para quĂŞ tantas palavras? Qualquer estupidez, insolĂŞncia, maldade que alguĂ©m possa ter feito, uma rudeza retira-lhes essa caracterĂstica e elas sĂŁo de imediato legitimadas. Se, numa discussĂŁo ou conversa, outro indivĂduo mostra conhecimento mais correcto do assunto, um amor mais austero Ă verdade, um juĂzo mais saudável, mais entendimento que nĂłs, ou se em geral exibe mĂ©ritos intelectuais que nos deixam na sombra, entĂŁo podemos de imediato suprimir semelhantes superioridades e a nossa prĂłpria mesquinhez por elas revelada e sermos, por nosso turno, superiores, tornando-nos ofensivos e rudes.
Pois uma rudeza derrota todo o argumento e eclipsa qualquer espĂrito;
Tenho Saudades da CarĂcia dos Teus Braços
Tenho saudades da carĂcia dos teus braços, dos teus braços fortes, dos teus braços carinhosos que me apertam e que me embalam nas horas alegres, nas horas tristes. Tenho saudades dos teus beijos, dos nossos grandes beijos que me entontecem e me dĂŁo vontade de chorar. Tenho saudades das tuas mĂŁos (…) Tenho saudades da seda amarela tĂŁo leve, tĂŁo suave, como se o sol andasse sobre o teu cabelo, a polvilhá-lo de oiro. Minha linda seda loira, como eu tenho vontade de te desfiar entre os meus dedos! Tu tens-me feito feliz, como eu nunca tivera esperanças de o ser. Se um dia alguĂ©m se julgar com direitos a perguntar-te o que fizeste de mim e da minha vida, tu dize-lhe, meu amor, que fizeste de mim uma mulher e da minha vida um sonho bom; podes dizer seja a quem for, a meu pai como a meu irmĂŁo, que eu nunca tive ninguĂ©m que olhasse para mim como tu olhas, que desde criança me abandonaram moralmente que fui sempre a isolada que no meio de toda a gente Ă© mais isolada ainda. Podes dizer-lhe que eu tenho o direito de fazer da minha vida o que eu quiser,