Passagens de António Vieira

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O ofício há-de transformar-se em natureza, a obrigação há-de converter-se em essência, e devem os homens deixar o que são, para chegarem a ser o que devem.

O amor fino não busca causa nem fruto. E não pode haver mais fino nem mais provado amor que aquele que entrega o coração e fecha os olhos. Entregar o coração com os olhos abertos é querer a vista por prémio do amor; entregar o coração com os olhos fechados é não querer no amor nem o prémio da vista.

Os bens que mais nascem do ânimo que da fortuna, melhor se asseguram, porque aqueles guardam-se no peito, e estes cansam os ombros.

Fiar-se só de si, e aconselhar-se só consigo, tem o perigo do amor-próprio; fiar-se só de outro, e aconselhar-se só com outro, tem o risco do interesse alheio.

O maior pensar da criatura humana é comer; desde que o homem nasce até que morre anda a procurar o pão para a boca.

De nenhuma coisa são mais avarentos os homens, que do louvor (…) de nenhuma são mais pródigos, que do desejo de receber.

Quaisquer meios são mortos se não forem activamente postos em acção por vivos e fortes instrumentos aptos para operar.

Não há amor que mais facilmente perdoe, e mais benignamente interprete e dissimule defeitos, que o amor de pai.