Passagens de Francisco Sá Carneiro

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Só será possível sanear a vida económica num clima de disciplina da vida política. Sem isso não haverá o incremento de investimentos, que é a primeira das medidas que nos permitirá debelar a crise.

Se quer saber o que estou a ler, não lhe digo… seria muito pretensioso. O máximo que se admite que um político diga é que está a ler Eça de Queirós. Ou mesmo talvez um autor mais digno e sério: o Herculano, ou o Camilo.

É pena que todos aqueles que se dizem democratas, na prática não respeitem o jogo democrático e as posições partidárias diferentes das próprias.

Não pretendemos ser o partido dos trabalhadores, pois entendemos que os trabalhadores não são monopólio de ninguém, e que lhes compete escolher livremente de entre os partidos, de acordo com os programas respectivos.

A verdadeira unidade é a unidade na liberdade e na diversidade, forjada na acção comum e que se baseia em opções decorrentes do exercício pleno das liberdades fundamentais.

Democracia Representativa

Democracia representativa significa o funcionamento de órgãos de soberania eleitos e o pleno respeito pela ação da oposição parlamentar. Mas significa, também, que não se transigirá com quaisquer tentativas de, por meios não parlamentares, derrubar o Governo, sejam elas o apelo à insurreição, à desobediência e ao desrespeito da lei, sejam elas as tentativas de provocar afrontamentos entre órgãos de soberania, sejam elas as manipulações dos legítimos direitos dos trabalhadores.

O Liberalismo

O regime liberal é aquele em que os direitos da pessoa são apenas considerados inalienáveis aos interesses da comunidade. Por isso, nele se procura assegurar nas leis e na prática o respeito da pessoa mediante o efetivo exercício daqueles direitos, mas não a destruição dela pela anarquia totalitária ou libertária.

(…) Se se entende por liberal todo aquele que acha indispensável que qualquer solução política respeite as liberdades e os direitos fundamentais da pessoa humana, sou efetivamente liberal. Se, por outro lado, se limita a conceção de liberalismo ao campo exclusivamente económico e se tem como liberal aquele que preconiza a abstenção do poder político em relação ao campo económico e ao campo social, nesse sentido não sou liberal.

Nós vivemos num país de inutilidade pública, inutilidade pública que custa caríssimo e que afinal, agora, querem que continue a proliferar, obrigando os particulares a suportar todo o peso da crise económica.

Claro que é muito mais difícil, e pode parecer mais ineficaz, governar na liberdade do que contra ela; mas não há outra forma lícita de governo de homens.

Dou-me muito bem com os jornalistas! Nem sequer é verdade que não gosto deles! O que não tenho é paciência para repetir coisas óbvias, fazer propaganda, falar de mim.

A social-democracia é desejável para Portugal pois é, até hoje, a única via experimentada na Europa que tem conseguido caminhar para a igualdade sem violação da liberdade.

A Europa já não é miragem como era a Índia, já não é a panaceia que tudo vai resolver, é sim a oportunidade que se nos dá de, com o nosso próprio esforço e a nossa riqueza, acedermos a um nível de desenvolvimento e de dignidade que hoje não temos.

Portugal precisa de apoio internacional generalizado e merece-o. Esse apoio, venha de onde vier, tem de respeitar a nossa independência e uma rigorosa não ingerência nos nossos assuntos.

A crise económica, em que estamos profundamente mergulhados, insere-se na crise internacional, que é real; e está na sequência de toda uma política desastrosa vinda do regime anterior.

A política não é um jogo de partidos nem uma questão que só a eles diga respeito. É um problema da nação que a todos os Portugueses afecta e na qual todos estão imersos, pois lhe suportam pelo menos as consequências.

Dizem que sou intratável, instável, já sei tudo o que se disse. O que é que quer que eu faça? O que eu sou é directo! E determinado.