Mas sĂł hĂĄ um mundo. A felicidade e o absurdo sĂŁo dois filhos da mesma terra. SĂŁo inseparĂĄveis. O erro seria dizer que a felicidade nasce forçosamente da descoberta absurda. Acontece tambĂ©m que o sentimento do absurdo nasça da felicidade. “Acho que tudo estĂĄ bem”, diz Édipo e essa frase Ă© sagrada. Ressoa no universo altivo e limitado do homem. Ensina que nem tudo estĂĄ perdido, que nem tudo foi esgotado. Expulsa deste mundo um deus que nele entrara com a insatisfação e o gosto das dores InĂșteis. Faz do destino uma questĂŁo do homem, que deve ser tratado entre homens. Toda a alegria silenciosa de SĂ­sifo aqui reside. O seu destino pertence-lhe.