Passagens sobre MaledicĂȘncia

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Eu defino desta arte a maledicĂȘncia: um secreto pendor da alma a julgar maus todos os homens, manifestando-se por palavras.

NĂŁo Louvar nem Censurar

Parece-me que quando se relata uma acção boa ou mĂĄ nĂŁo se deve nem louvĂĄ-la, nem censurĂĄ-la, pois ela faz sentir muito bem o que Ă©, sendo melhor deixar livre o julgamento a seu respeito. E, depois, como a maior parte dos louvores provĂȘm da adulação, a sociedade raramente se compraz com isso, e a maledicĂȘncia leva a pensar que se Ă© invejoso ou maldoso. É bem possĂ­vel exaltar as pessoas que se ama, sem falar muito do seu mĂ©rito; e para os outros que nĂŁo se estima, Ă© um favor nĂŁo dizer nada deles.
Acho também que todo o tipo de gente, mesmo a mais modesta, estima que a consideremos e que a tratemos afavelmente. Hå poucas pessoas, não obstante, que toleram ser louvadas quando estão presentes, pois, normalmente, procede-se desastradamente, expondo-as e embaraçando-as. Mas os louvores que honram aquele que os faz, assim como aquele que os recebe, agradam muito quando são descobertos por meio de alguém que os relata, e quando não são suspeitos nem de interesse, nem de adulação e particularmente se são de boa origem. Pois, assim como o afecto é bem acolhido apenas quando vem de uma pessoa amåvel, também é necessårio ter mérito,

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O Verdadeiro e o Falso CiĂșme

O ciĂșme Ă© uma espĂ©cie de temor, que se relaciona com o desejo de conservarmos a posse de algum bem; e nĂŁo provĂ©m tanto da força das razĂ”es que levam a julgar que podemos perdĂȘ-lo, como da grande estima que temos por ele, a qual nos leva a examinar atĂ© os menores motivos de suspeita e a tomĂĄ-los por razĂ”es muito dignas de consideração.
E como devemos empenhar-nos mais em conservar os bens que sĂŁo muito grandes do que os que sĂŁo menores, em algumas ocasiĂ”es essa paixĂŁo pode ser justa e honesta. Assim, por exemplo, um chefe de exĂ©rcito que defende uma praça de grande importĂŁncia tem o direito de ser zeloso dela, isto Ă©, de suspeitar de todos os meios pelos quais ela poderia ser assaltada de surpresa; e uma mulher honesta nĂŁo Ă© censurada por ser zelosa de sua honra, isto Ă©, por nĂŁo apenas abster-se de agir mal como tambĂ©m evitar atĂ© os menores motivos de maledicĂȘncia.
Mas zombamos de um avarento quando ele Ă© ciumento do seu tesouro, isto Ă©, quando o devora com os olhos e nunca quer afastar-se dele, com medo que ele lhe seja furtado; pois o dinheiro nĂŁo vale o trabalho de ser guardado com tanto cuidado.

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Quem ataca um preconceito, seja ele qual for, tem contra si o escĂĄrnio e a maledicĂȘncia. Que tais ironias e que tais cruĂ©is invectivas nĂŁo sejam a barreira para determos a razĂŁo de proceder convenientemente!