Das obras grandes ou pequenas, das acções generosas ou vis, cada um traz na própria cabeça a verdadeira medida.
Recentes
Muito ganha aquele que aprende, quando perde.
Não no objecto, no modo está o amor.
Desobriga
Os meus peccados, Anjo! os meus peccados!
Contar-t’os? Para que, se não têm fim…
Sou santo ao pé dos outros desgraçados,
Mas tu és mais que santa ao pé de mim!A ti accendo cyrios perfumados,
Faço novenas, queimo-te alecrim,
Quando soffro, me vejo com cuidados…
Nas tuas rezas, lembra-te de mim!Que eu seja puro d’alma e pensamento!
E que, em dia do grande julgamento,
Minhas culpas não sejam de maior:Pois tenho, que o céu tudo aponta e marca,
Um processo a correr n’essa comarca,
Cujo delegado é Nosso Senhor…
As nações desenvolvidas e as subdesenvolvidas não entram em acordo sobre o que seja desenvolvimento.
A bondade é o único investimento que sempre compensa.
A ave voa com menos ligeireza que um segredo comunicado.
Sou escravo do dever por amor à liberdade.
Tudo o que valia exatamente ela não podia contar. Só falava tolices com as pessoas.
As convicções só existem quando nos transformamos nelas, somos a sua representação física.
Em meio ao mar de perversidade, egoísmo e todo o tipo de imundícia humana somente um conseguiu flutuar sobre as águas: Jesus Cristo.
Nós não podemos mudar nada sem que primeiro a aceitemos.
Parecia que a Internet era governada pelo medo: o medo da impopularidade e de ser careta, o medo de estar a perder alguma coisa, o medo de ser inflamado ou esquecido.
Sob o alpendre o espelho copia somente a lua.
Pão de padeira, não farta nem governa.
Tenho mais medo de três jornais do que de cem baionetas.
O maior mal que pode acontecer a um homem é que ele pense mal sobre si mesmo.
O animal arranca o chicote das mãos do dono e chicoteia-se a si mesmo, sem saber que isso é apenas uma fantasia produzida por um novo nó na correia.
A Minha Filha
(Vendo-a dormir)
Que alma intacta e delicada!
Que argila pura e mimosa!
É a estrela d’alvorada
Dentro dum botão de rosa!E, enquanto dormes tranquila,
Vejo o divino esplendor
Da alma a sair da argila,
Da estrela a sair da flor!Anjos, no azul inocente,
Sobre o teu hálito leve
Desdobram candidamente,
Em pálio, as asas de neve…E eu, urze má das encostas,
Eu sinto o dever sagrado
De te beijar— de mãos postas!
De te abençoar — ajoelhado!
Também li os jornais Dia e Novidades. Vêem, como era natural, destemperados. Os Republicanos era natural saltassem de todo. Quanto ao Correio da Noite, acho-o um pouco mais manso do que eu imaginava que ele viesse. Século e Notícias parecem-me estar «à capa», a ver em que isto pára. Estou ainda convencido que se houver juízo ainda se poderá vencer mais esta campanha, o que é preciso é não perder os Dissidentes de vista porque podem fazer um disparate qualquer.