A graça é o esplendor da beleza, é a beleza em movimento e moça, é o sorriso da infância, é a bondade da força, é o perfume do fruto saboroso, é a elegância da palmeira que se curva, ondeando, às carícias do vento; a graça é a poesia da beleza.
Passagens de Paolo Mantegazza
103 resultadosAs exagerações são quase sempre estados infantis da inteligência, e bastará atentar nas crianças e nos selvagens para nos convencermos disso.
A amizade entre duas mulheres é planta rara, que vive geralmente vida breve.
Podemos medir a civilização de um povo pela água e sabão que ele consome.
Devíamos morrer de desespero, quando descobrimos que o que tínhamos tomado por alvo dos nossos pensamentos, dos nossos desejos, dos nossos sonhos, não existe, ou não é mais do que um nevoeiro a que a distância empresta formas fantásticas.
Os críticos são os ruminantes da literatura.
Uma mulher que chora é poderosa; uma mulher que chora bem e com beleza é omnipotente.
Que vida de inferno é a vida do ciumento! Antes não amar, do que amar desse modo.
Adoro sob todas as formas de linguagem a música, porque ignoro ainda a ignomínia da gramática e da filosofia.
A escola pode aperfeiçoar o artista, criá-lo, nunca; porque não se melhora senão o que já existe.
Todos falam de honra, mas não há dois homens que lhe dêem a mesma definição.
Orgulhosa altivez é dom de almas baixas.
A honra nunca se ofende impunemente: nunca existe por metade; inteira é forte, ferida está morta.
A dor é o polo, de que refoge sempre, e em toda a parte, não só a humanidade inteira, mas toda a legião infinita dos seres vivos.
Se a popularidade não é a glória, é, contudo, o seu mais saboroso condimento.
Do mexerico à maledicência vai apenas um passo, pode até afirmar-se que a maledicência é o sol do mexerico.
Entre dois, entre três, entre muitos médicos bons, escolhei sempre o que tiver mais coração.
O homem a pé é uma inteligência que procura; o homem a cavalo uma inteligência que conquista; o homem a pé é um filósofo que observa e pensa; o homem a cavalo é um pensamento que devora o espaço e que domina o mundo.
As ciências começam e acabam com um crepúsculo, com um ponto de interrogação.
Quanto houvermos aprendido devemos ensiná-lo a quem tudo ignora ainda; deste modo pagamos uma dívida sacrossanta.