Espera… espera… ó minha sombra amada… Vê que para além de mim já não há nada e nunca mais me encontras neste mundo!…
Frases de Florbela Espanca
261 resultadosQuero voltar! Não sei por onde vim? Ah! Não ser mais que a sombra duma sombra Por entre tanta sombra igual a mim!
As palavras são o muro de pedra e cal a fechar o horizonte infinito das grandes ideias claras.
…Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existiu morte para o que nunca nasceu….
A ociosidade é a mãe da maledicência, da calúnia e da intriga, coisas a que eu já não sei se hei-de chamar vícios se virtudes, tão habituada estou a vê-los morar em lábios tidos como santos por este mundo que é com certeza o melhor dos mundos possíveis e imagináveis.
Gosto da noite imensa, triste, preta, como esta estranha borboleta Que eu sinto sempre a voltejar em mim!
Há uma primavera em cada vida
Eu só sei falar dentro de quatro paredes e um telhado; ao ar livre, principalmente em frente ao mar, sou Guilherme, o Taciturno.
É bem verdade
Que a tragédia infinita é a Saudade!
Que a tragédia infinita é Nunca Mais!
De tudo o que nós fazemos de sincero e bem intencionado alguma coisa fica.
Que bom que deve ser, longe desta banalidade trágica, pensar nas terras de Portugal! Eu creio que Portugal só pode gramar-se assim: longe dele, nas saudades.
Não ligo assim uma importância por aí além a esta coisa complicadíssima a que se chama vida, quer ela decorra no meio de fantásticas alegrias, quer se arraste por entre as mágoas e os desalentos que são, afinal de contas, o pão de cada dia de quase todos nós.
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Não há maior tristeza que a gente ver-se longe daquele que para nós é tudo ou mais que tudo; é um aborrecimento de todas as horas que coisa alguma faz desaparecer.
Não me digas adeus, ó sombra amiga, abranda mais o ritmo dos teus passos; sente o perfume da paixão antiga dos nossos bons e cândidos abraços! Não vás ainda embora, ó sombra amiga!
Muitas vezes as nossas mais delicadas atenções, as nossas maiores provas de amor, os nossos cuidados são como aquelas pérolas que um dia alguém atirou a uns porcos…
Todas as tragédias têm o seu lado cómico, e felizes dos feitios que as vêem só desse lado.
Está escrito que hei-de ser sempre a mesma eterna isolada… Porquê?
Sou talvez uma banal menina nervosa, ou uma simples “détraquée” que tem contas com a medicina (…) Talvez… Não temos então o direito de gritar a nossa dor, o nosso desespero, o nosso tédio, porquê? Eu não disse nada disto fosse a quem fosse; tudo isto eu gritei para mim só. Publiquei o meu livro para fazer a vontade a meu pai e a outras pessoas que me pediram a publicação dos versos que eu nunca pensei em divulgar…
As almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.