Frases de José Saramago

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Frases de José Saramago. Conheça este e outros autores famosos em Poetris.

Como escreveu o poeta, os pinheiros bem acenam, mas o céu não lhes responde. Também não responde aos homens, apesar de estes, em sua maioria, saberem desde pequenos as orações precisas, o problema está em acertar com uma língua que deus seja capaz de entender.

(…) o trabalho que deixou de ser o que havia sido, e nós, que só podemos ser o que fomos, de repente percebemos que já não somos necessários no mundo…

Não há nenhum caminho tranquilizador à nossa espera. Se o queremos, teremos de construí-lo com as nossas mãos.

A única revolução realmente digna de tal nome seria a revolução da paz, aquela que transformaria o homem treinado para a guerra em homem educado para a paz porque pela paz haveria sido educado. Essa, sim, seria a grande revolução mental, e portanto cultural, da Humanidade. Esse seria, finalmente, o tão falado homem novo.

A grande vitória da minha vida é sentir que, no fundo, o mais importante de tudo é ser boa pessoa. Se pudesse inaugurar uma nova Internacional, seria a Internacional da Bondade.

Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos, sem responsabilidade talvez não mereçamos existir.

No acto de escrever há duas posições coincidentes, a autoridade e a sedução. Com estas duas pernas, a literatura caminha. O escritor tem um poder sobre o leitor.

A obra feita é sempre maior do que quem a fez. De facto, eu acho que somos menos do que aquilo que fazemos, e isso é outra forma de grandeza, ser capaz de ser menos do que aquilo que se faz.

Mesmo que a rota da minha vida me conduza a uma estrela, nem por isso fui dispensado de percorrer os caminhos do mundo.

A vida é assim, faz-se muito de coisas que acabam, Também se faz de coisas que principiam, Nunca são as mesmas.

Nós estamos a assistir ao que eu chamaria a morte do cidadão e, no seu lugar, o que temos e, cada vez mais, é o cliente. Agora já ninguém nos pergunta o que é que pensamos, agora perguntam-nos qual a marca do carro, de fato, de gravata que temos, quanto ganhamos…

Os homens trazem em si a crueldade. Não devemos esquecer-nos disso, devemos ter cuidado. É preciso defender a possibilidade de criar e defender esse espaço de consciência, de lucidez. Essa é a nossa pequenina esperança.

A única maneira de liquidar o dragão é cortar-lhe a cabeça, aparar-lhe as unhas não serve de nada.

Já não há indignação espontânea, que é a boa, a verdadeira indignação. Existe uma doença do espírito: o mal da indiferença cívica. Todos estamos moralmente doentes.

O egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de generosidade, as pequenas cobardias do quotidiano, tudo isto contribui para essa perniciosa forma de cegueira mental que consiste em estar no mundo e não ver o mundo, ou só ver dele o que, em cada momento, for susceptível de servir os nossos interesses.