Passagens sobre Internet

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A Única Coisa Duradoura Que Podes Criar

A mamã costumava dizer-lhe que tinha muita pena. As pessoas tinham andado a trabalhar durante tantos anos para fazer do mundo um sítio organizado e seguro. Ninguém percebera como ele se iria tornar aborrecido. Com todo o mundo dividido em propriedades, com os limites de velocidade e as divisões por zonas, com tudo regulado e tributado, com todas as pessoas analisadas e recenseadas e rotuladas e registadas. Ninguém tinha deixado muito espaço para a aventura, exceptuando, talvez, a do género que se pode comprar. Numa montanha-russa. Num cinema. No entanto, isso seria sempre uma excitação falsa. Sabes que os dinossauros não vão comer os míudos. Os referendos recusaram com os seus votos qualquer hipótese de um desastre falso ainda maior. E porque não existe a possibilidade de um desastre verdadeiro, ficamos sem nenhuma hipótese de termos uma salvação verdadeira. Entusiasmo verdadeiro. Excitação a sério. Alegria. Descoberta. Invenção.
As leis que nos dão segurança, estas mesmas leis condenam-nos ao aborrecimento. Sem acesso ao verdadeiro caos, nunca teremos paz verdadeira.

A não ser que tudo possa ficar pior, nunca poderá ficar melhor.
Isto eram tudo coisas que a mamã lhe costumava dizer.
E dizia-lhe mais:

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Só depois que a tecnologia inventou o telefone, o telégrafo, a televisão, a internet, foi que se descobriu que o problema de comunicação mais sério era o de perto.

Nada há que seja verdadeiramente livre nem suficientemente democrático. Não tenhamos ilusões, a internet não veio para salvar o mundo.

É impossível pensar o futuro se não nos lembrarmos do passado. Da mesma forma, é impossível saltar para a frente se não se der alguns passos para trás. Um dos problemas da atual civilização – da civilização da internet – é a perda do passado.

Soneto 529 Extra-Expresso

Mandou aquele abraço para o Rio.
De Sampa enalteceu a Freguesia.
Levou compasso e régua da Bahia.
Em Londres troca o Trópico por frio.

Com Jorge, Rita e Marley antevi-o.
Com Berry, Cliff ou Wonder bem veria.
Com ele fez escola a ecologia
e a escola fez o samba em que folio.

Veado ou pica-pau, ele os compacta;
metáfora, se abstrata, ele a concreta;
com síntese a internet ele retrata.

É ágil, presto, esperto, pois poeta;
agílimo, da raça expressa a nata;
agudo, mas dulcíssimo: ultra-esteta!

Basta surfar na internet para ver a quantidade de intrigas e de falsificações em que muita gente acredita. Sempre me escandalizou a credulidade das pessoas, que continuam a comprar produtos para fazer crescer o cabelo quando está cientificamente provado que isso é impossível.

A internet é um campo aberto, muito pouco explorado. É preciso arriscar, o espaço aqui é livre. Não é necessário roubar o espaço de nenhum outra companhia.

No momento em que todos têm direito à palavra na internet temo-la dada aos idiotas, que de outro modo nunca seriam lidos noutro sítio.

Parecia que a Internet era governada pelo medo: o medo da impopularidade e de ser careta, o medo de estar a perder alguma coisa, o medo de ser inflamado ou esquecido.

Antigamente as pessoas não tinham uma forma de partilhar informação e expressar as suas opiniões de forma eficiente para um grande grupo de pessoas. Hoje em dia, com as redes sociais e outras plataformas na internet, quinhentos milhões de pessoas têm uma forma de dizer aquilo em que estão a pensar e a sua voz é ouvida.