No matrimónio existem apenas obrigações e alguns direitos.
Passagens sobre Matrimónio
36 resultadosLondres
Vagueio por estas ruas violadas,
Do violado Tamisa ao derredor,
E noto em todas as faces encontradas
Sinais de fraqueza e sinais de dor.Em toda a revolta do Homem que chora,
Na Criança que grita o pavor que sente,
Em todas as vozes na proibição da hora,
Escuto o som das algemas da mente.Dos Limpa-chaminés o choro triste
As negras Igrejas atormenta;
E do pobre Soldado o suspiro que persiste
Escorre em sangue p’los Palácios que sustenta.Mas nas ruas da noite aquilo que ouço mais
É da jovem Prostituta o seu fadário,
Maldiz do tenro Filho os tristes ais,
E do Matrimónio insulta o carro funerário.Tradução de Hélio Osvaldo Alves
O matrimónio é algo no qual é necessário trabalhar permanentemente e nunca está pronto.
Matrimónio e senhorio, não querem fuga nem brio.
Antes do matrimónio tende os olhos abertos, no matrimónio, depois, fechem-nos um pouco.
Actualmente existem muitos matrimónios que nada mais são do que a paródia de um governo constitucional, no qual o rei reina e não governa.
Não há nada melhor que uma vida sem matrimónio.
Se só se permitisse o matrimónio aos que são moralmente capazes de contraí-lo, quase toda a humanidade seria família ilegítima.
A Única Alegria Neste Mundo é a de Começar
A única alegria neste mundo é a de começar. É belo viver, porque viver é começar, sempre, a cada instante. Quando esta sensação desapaece – prisão, doença, hábito, estupidez – deseja-se morrer.
É por isso que quando uma situação dolorosa se reproduz de modo idêntico – parece idêntica – nada apaga o horror que tal coisa nos provoca.
O princípio acima enunciado não é, portanto, próprio de um viveur. Porque há mais hábito na experiência a todo o custo (cfr, o antipático «viajar a todo o custo») do que na charneira normal aceite com o sentido do dever e vivida com entusiasmo e inteligência. Estou convencido de que há mais hábito nas aventuras de do que num bom casamento.
Porque o próprio da aventura é conservar uma reserva mental de defesa; é por isso que não existem boas aventuras. Só é boa aventura aquela em que nos abandonamos: o matrimónio, em suma, talvez até aqueles que são feitos no céu.
Quem não sente o perene recomeçar que vivifica a existência normal de um casal é, no fundo, um parvo que, por mais que diga, não sente, sequer, um verdadeiro recomeçar em cada aventura.
A lição é sempre a mesma: atirarmo-nos para a frente e saber suportar o castigo.
O sacramento do matrimónio não apaga, como o do baptismo, as manchas originais.
O amor é uma harpa eólia que soa por si; o matrimónio é um harmónio que soa à força de pedaladas.
O matrimónio é o grande dever do homem.
O sexto sentido é vital no matrimónio, particularmente após o quinto divórcio.
O matrimónio só tem quinze dias verdadeiramente felizes: os últimos dias que antecedem o casamento.
Antes do matrimónio ele fala e ela escuta; durante a lua-de-mel ambos falam e escutam; mais tarde ela fala e ele não escuta; finalmente gritam os dois e escutam os vizinhos.
O matrimónio é a cova do amor.