Passagens sobre Religião

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O melhor será que não pertençamos a partido algum, porque a política não é uma essência de ser, como a religião, a ciência ou a arte, nas quais todos deveríamos estar: é uma pura fatalidade histórica, como a economia, ou a administração, como também a medicina ou a engenharia.

Em meu entender, a religião, inclusivamente na sua forma mais sofisticada, infantiliza, sobretudo o nosso eu ético, ao estabelecer uns árbitros morais infalíveis e uns tentadores imorais irredutíveis por cima de nós.

A Razão não Basta

É esse o segredo da vida dotada de força. Apenas com a inteligência não se pode ser um ser moral, nem fazer política. A razão não basta, as coisas decisivas passam-se para além dela. Os homens que fizeram grandes coisas amaram sempre a música, a poesia, a forma, a disciplina, a religião e a nobreza. Iria mesmo ao ponto de afirmar que só as pessoas que assim procedem conhecem a felicidade! São esses os chamados imponderáveis que dão o cunho próprio ao senhor, ao homem; aquilo que ainda vibra na admiração do povo pelos actores é um resto incompreendido disso.

Pensar que todos os céus e infernos de todas as religiões foram construídos a partir do interior do ser humano: tudo depende da força da projecção para o exterior.

É como na religião: quanto pior vive um homem ou quanto mais desamparado ou mais pobre é todo um povo, mais obstinadamente ele sonha com a recompensa no paraíso!

Um pouco de filosofia leva a mente humana ao ateísmo, mas a profundidade da filosofia leva-a para a religião.

Quando não se quer reconhecer que se é um imbecil, culpam-se os outros. Aliás, basta ver que todas as religiões do mundo resultaram de conspirações: há sempre um deus que fez isto ou aquilo. Mesmo que tenha sido eu a matar semelhantes numa guerra, logo se aponta para uma maquinação da divindade e que é responsável pelo ato.

Versos Curtos e Compridos

Como poeta actuante, combati o meu próprio ensimesmamento. Por isso, o debate entre o real e o subjectivo se decidiu dentro do meu próprio ser. Sem pretensões de aconselhar ninguém, os resultados podem auxiliar as minhas experiências Vejamo-los de relance.
É natural que a minha poesia esteja exposta tanto à opinião da crítica elevada como submetida à paixão do libelo. Isto faz parte do jogo. Sobre este aspecto da discussão não tenho voz, mas tenho voto. Para a crítica essencial, o meu voto são os meus livros, a minha poesia inteira. Para o libelo inamistoso, tenho também direito de voto — e este também é constituído pela minha própria e constante criação.
Se soa a vaidade o que digo, pode ser que tenham razão. No meu caso, trata-se da vaidade do artesão que exerceu um oficio por muitos anos com amor indelével.
Mas há uma coisa com que estou satisfeito: de uma maneira ou outra, fiz respeitar, pelo menos na minha pátria, o ofício de poeta, a profissão da poesia.

Na época em que comecei a escrever, o poeta era de dois géneros. Uns, eram poetas grandes senhores que se faziam respeitar pelo seu dinheiro,

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A religião é menos um tema de santificação do que um tema de discussões que pertence a todos.

As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo? Onde está o motivo para as brigas?

A religião é o mais estranho de todos os negócios. Não tem um patrão, mas tem mediadores: o sacerdote, o bispo, o cardeal, o Papa, o Messias, toda a hierarquia, e no topo não há ninguém!

As guerras da religião constituíram até então o maior progresso das massas: afinal, demonstram que a massa passou a considerar as noções com respeito.

Conceitos de Perfeição

Nasce o ideal da nossa consciência da imperfeição da vida. Tantos, portanto, serão os ideais possíveis, quantos forem os modos por que é possível ter a vida por imperfeita. A cada modo de a ter por imperfeita corresponderá, por contraste e semelhança, um conceito de perfeição. É a esse conceito de perfeição que se dá o nome de ideal.
Por muitas que pareça que devem ser as maneiras por que se pode ter a vida por imperfeita, elas são, fundamentalmente, apenas três. Com efeito, há só três conceitos possíveis de imperfeição, e, portanto, da perfeição que se lhe opõe.

Podemos ter qualquer coisa por imperfeita simplesmente por ela ser imperfeita; é a imperfeição que imputamos a um artefacto mal fabricado. Podemos, por contra, tê-la por imperfeita porque a imperfeição resida, não na realização, senão na essência. Será quantitativa ou qualitativa a diferença entre a essência dessa coisa imperfeita e a essência do que consideramos perfeição; quantitativa como se disséssemos da noite, comparando-a ao dia, que é imperfeita porque é menos clara; qualitativa como se, no mesmo caso, disséssemos que a noite é imperfeita porque é o contrário do dia.
Pelo primeiro destes critérios, aplicando-o ao conjunto da vida,

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Um pouco de filosofia inclina o homem ao ateísmo. Profunda filosofia faz retornar o homem à religião.