Passagens sobre Religião

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A infelicidade mostrou-me, pouco a pouco, outra religião bem diferente da religião ensinada pelos homens.

A Reliogisidade como Infância da Maturidade

A religião, quando tentamos determinar o seu lugar na história da evolução humana, não nos surge como uma aquisição duradoura, mas como a vertente da neurose pela qual o homem tem inevitavelmente de passar ao longo do caminho que o conduz da infância à maturidade.
(…) No que diz respeito à protecção prometida pela religião aos seus adeptos, penso que nenhum de vós consentiria em subir para um automóvel cujo condutor declarasse não querer incomodar-se com as determinações que regulamentam a circulação para obedecer apenas aos ímpetos exaltantes da sua própria fantasia.

A arte e a religião não são duas coisas, mas o avesso e o direito de um mesmo tecido.

O Caminho da Verdade

Afirmo que a verdade é uma terra sem caminhos definidos, e que não a podemos abordar por qualquer caminho que seja, por nenhuma religião, por nenhum credo. Este é o meu ponto de vista, e adiro a este de forma absoluta e incondicional. A verdade, sendo ilimitada, incondicionada, inacessível por qualquer caminho que seja, não pode ser organizada; nem deve nenhuma organização ser formada para liderar ou coagir as pessoas para seguir um caminho em particular. Se entender isto, então compreenderá quanto impossível é organizar uma crença. Uma crença é uma questão puramente individual, e não é possível organizá-la. Se fizer isso, esta crença torna-se morta, cristaliza-se, tonar-se um credo, uma seita, uma religião, a ser imposta a outros.

Desde que se cumpram certas cerimónias ou se respeitem certas fórmulas, consegue-se ser ladrão e escrupulosamente honesto – tudo ao mesmo tempo. A honradez deste homem assenta sobre uma primitiva infâmia. O interesse e a religião, a ganância e o escrúpulo, a honra e o interesse, podem viver na mesma casa, separados por tabiques. Agora é a vez da honra – agora é a vez do dinheiro – agora é a vez da religião. Tudo se acomoda, outras coisas heterogéneas se acomodam ainda. Com um bocado de jeito arranja-se-lhes sempre lugar nas almas bem formadas.

A verdadeira religião do mundo vem das mulheres muito mais que dos homens, das mães acima de tudo, que carregam a chave de nossas almas em seus seios.

Um homem muda de mulher, muda de partido, muda de religião, muda de tudo aquilo que quiser, até de sexo, mas de clube é que não muda nunca.

Religião seria assim a neurose obsessiva universal da humanidade, tal como a neurose obsessiva das crianças, que decorre do Complexo de Édipo, na relação com o pai.

A Racionalidade como Solução de Todos os Males do Mundo

A racionalidade pode ser definida como o hábito de considerar todos os nossos desejos relevantes, e não apenas aquele que sucede ser o mais forte no momento. (…) A racionalidade completa é, sem dúvida, ideal inatingível; porém, enquanto continuarmos a classificar alguns homens como lunáticos, é claro que achamos uns mais racionais que outros. Acredito que todo o progresso sólido no mundo consiste de um aumento de racionalidade, tanto prática como teórica. Pregar uma moralidade altruística parece-me um tanto inútil, porque só falará aos que já têm desejos altruísticos. Mas pregar racionalidade é um tanto diferente, porque ela nos ajuda, de modo geral, a satisfazer os nossos próprios desejos, quaisquer que sejam. O homem é racional na proporção em que a sua inteligência orienta e controla os seus desejos.
Acredito que o controle dos nossos actos pela inteligência é, afinal, o que mais importa e a única coisa capaz de preservar a possibilidade de vida social, enquanto a ciência expande os meios de que dispomos para nos ferir e destruir. O ensino, a imprensa, a política, a religião – numa palavra, todas as grandes forças do mundo – estão actualmente do lado da irracionalidade; estão nas mãos dos homens que lisonjeiam Populus Rex com o fito de desencaminhá-lo.

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A Mente Universal

A mente universal manifesta-se na arte como intuição e imaginação; na religião manifesta-se como sentimento e pensamento representativo; e na filosofia ocorre como liberdade pura de pensamento. Na história mundial a mente universal manifesta-se como actualidade da mente, na sua integridade de internalidade e de externalidade. A história do mundo é um tribunal porque, na sua absoluta universalidade, o particular, isto é, as formas de culto, sociedade e espíritos nacionais em todas as suas diferentes actualidades, está presente apenas como ideal, e aqui o movimento da mente é a manifestação disto mesmo…
A história do mundo não é o veredicto da força, isto é, de um destino cego realizando-se a si mesmo numa inevitabilidade abstracta e não-racional. Pelo contrário, porque a mente é razão implícita e explicitamente, e porque a razão é explícita para si mesma, na mente, enquanto conhecimento, a história do mundo é o desenvolvimento necessário, decorrente da liberdade da mente, dos momentos da razão e, deste modo, da autoconsciência e da liberdade da mente.
A história da mente é a sua acção. A mente é apenas o que faz, e a sua acção faz dela o objecto da sua própria consciência. Através da história, a sua acção ganha consciência de si mesma como mente,

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