Passagens sobre Sábios

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O Talento na Juventude e na Velhice

Nada menos exacto do que supor que o talento constitui privilégio da mocidade. Não. Nem da mocidade, nem da velhice. Não se é talentoso por se ser moço, nem genial por se ser velho. A certidão de idade não confere superioridade de espírito a ninguém. Nunca compreendi a hostilidade tradicional entre velhos e moços (que aliás enche a história das literaturas); e não percebo a razão por que os homens se lançam tantas vezes recíprocamente em rosto, como um agravo, a sua velhice ou a sua juventude.
Ser idoso não quer dizer que se seja necessáriamente intolerante e retrógado; e engana-se quem supuser que a mocidade, por si só, constitui garantia de progresso ou de renovação mental. As grandes descobertas que ilustram a história da ciência e contribuiram para o progresso humano são, em geral, obra dos velhos sábios; e a mocidade literária, negando embora sistemáticamente o passado, é nele que se inspira, até que o escritor adquire (quando adquire) personalidade própria.
(…) A mocidade, em geral, não cria; utiliza, transformando-o, o legado que recebeu. Juventude e velhice não se opõem; completam-se na harmonia universal dos seres e das coisas. A vida não é só o entusiasmo dos moços;

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O Carácter é Inalterável

O que é que se pode perguntar das pessoas com palavras? O que vale a resposta que uma pessoa dá com palavras e não com a realidade da sua vida?… Vale pouco (…) São poucas as pessoas cujas palavras correspondem por completo à realidade das suas vidas. Talvez seja esse o fenómeno mais raro da vida. Na altura, ainda não o sabia. Agora não me refiro aos mentirosos, aos safados. Só penso que conhecer a verdade, adquirir experiências, de nada serve, porque ninguém consegue mudar o seu carácter. Talvez não se possa fazer mais nada na vida que adaptar à realidade com inteligência e cautela essa outra realidade inalterável, o carácter pessoal. É a única coisa que podemos fazer. E mesmo assim, não seríamos mais sábios, nem mais protegidos…

«O Senhor deu-me conselho, até de noite o meu coração instrui» (Salmos 16:7). O terceiro dom do Espírito é o conselho. Sabemos quão importante é, nos momentos mais melindrosos, poder contar com as sugestões de pessoas sábias e que nos querem bem. Ora, através do dom do conselho é o próprio Deus a iluminar o nosso coração, fazendo-nos assim compreender a maneira certa de nos comportarmos e o caminho a seguir.

Quem trilha o caminho da perfeição não acumula tesouros. Riqueza é para o sábio o que ele faz para os outros.

Má consciência: agora só faz de sábio e de pessoa conveniente; e, todavia, a sua consciência não está tranquila. É que a sua tarefa é excepcional.

Bel

Hálito da terra depois da chuva:
cálida ternura
aflorando
na espessura
do lábio

Teu corpo
leveza que pesa
um saber sábio
secreto
da Natureza

Por isso os bichos te amam
em suas falas naturais:
os felinos
os caprinos
e os poetas – bichos marginais

O Paradoxo da Leitura

O sábio lê livros, mas lê também a vida. O universo é um grande livro e a vida é uma grande escola.
(…) Quanto mais leio mais ignorante fico. A escolha que hoje se depara a qualquer homem educado é entre a inocência que não lê e a ignorância que lê muito.
(…) É possível sustentar com alguma aparência de exactidão que a imprensa de hoje mata a leitura e a leitura mata o pensamento.

O certo é que todo lugar é lugar de livros, todo lugar é bom para livros, mesmo um banheiro, uma copa, uma sala caseira de cinema, uma brinquedoteca, uma varanda… Queremos ficar sempre perto desses nossos amigos leais, francos, divertidos, eloquentes, silenciosos, calmos e sábios, que são os livros.

Há uma diferença decisiva entre os portugueses e os espanhóis. É que os portugueses são mais sábios do que parecem. Já os espanhóis…parecem mais sábios do que são.

O Saber Ajuda em Todas as Actividades

O mero filósofo é geralmente uma personalidade pouco admis­sível no mundo, pois supõe-se que ele em nada contribui para o be­nefício ou para o prazer da sociedade, porquanto vive distante de toda comunicação com os homens e envolto em princípios e noções igualmente distantes de sua compreensão. Por outro lado, o mero ig­norante é ainda mais desprezado, pois não há sinal mais seguro de um espírito grosseiro, numa época e uma nação em que as ciências florescem, do que permanecer inteiramente destituído de toda espécie de gosto por estes nobres entretenimentos. Supõe-se que o carácter mais perfeito se encontra entre estes dois extremos: conserva igual capacidade e gosto para os livros, para a sociedade e para os negócios; mantém na conversação discernimento e delicadeza que nascem da cultura literária; nos negócios, a probidade e a exatidão que resultam naturalmente de uma filosofia conveniente. Para difundir e cultivar um carácter tão aperfeiçoado, nada pode ser mais útil do que as com­posições de estilo e modalidade fáceis, que não se afastam em demasia da vida, que não requerem, para ser compreendidas, profunda apli­cação ou retraimento e que devolvem o estudante para o meio de homens plenos de nobres sentimentos e de sábios preceitos,

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É sábio reconhecer a necessidade, quando todas as outras soluções já foram ponderadas, embora possa parecer tolice para aqueles que têm falsas esperanças.