Passagens sobre Coração

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O Amor Tudo Mata quando Morre

Eu morro dia a dia, sabendo-o, sentindo-o,
com a morte do amor em mim.
Esvaiu-se, ensandeceu, partiu,
espécie de sol sepultado por mãos ímpias,
numa cratera de lua, algures,
ou na tristeza de um retrato emudecido
pela ausência de vozes em redor.
Sem ele, a casa ficou deserta
de risos, acenos e afectos, de tudo,
as mãos ficaram ásperas, secas,
a pele do rosto gretada, fria,
e o sangue tornou-se lento e espesso,
incapaz de dar vida às pequenas folhas
orvalhadas da imaginação das noites.
A erva cresce em redor de mim,
os limões ficaram ressequidos sobre
a toalha bordada, num canto da mesa.
O amor tudo mata quando morre,
detendo no seu movimento elementar,
a máquina que ilumina o coração do dia.

Espera!

Uivaria de amor a féra bruta
Que pela grenha te sentisse a mão!
E eu não sou féra, pomba! Espera! Escuta!
Eu tenho coração!

Não é mais preto o ébano que as tranças
Que adornam o teu collo seductor!
Ai não me fujas, pomba! que me canças!
Não fujas, meu amor!

A mim nasceu-me o sol, rompeu-me o dia
Da noite escura d’olhos taes, mulher!
Não me apagues a luz que me alumia
Senão quando eu morrer!

Eu não te peço a ti que as mãos de neve,
Os dedos afusados d’essas mãos,
Me toquem estas minhas nem de leve…
Seriam rogos vãos!

Não te peço que os labios nacarados
Me deixem esses dentes alvejar,
Trocando, n’um sorriso, os meus cuidados
Em extasis sem par!

Mas uivando de amor a bruta féra
Que pela grenha te sentisse a mão,
Eu não sou féra, pomba! escuta, espera!
Eu tenho coração!

O Homem e a Mulher

O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher, o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono; para a mulher fez um altar.
O trono exalta e o altar santifica.
O homem é o cérebro; a mulher, o coração. O cérebro produz a luz; o coração produz amor. A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o génio; a mulher é o anjo. O génio é imensurável; o anjo é indefenível;
A aspiração do homem é a suprema glória; a aspiração da mulher é a virtude extrema; A glória promove a grandeza e a virtude, a divindade.
O homem tem a supremacia; a mulher, a preferência. A supremacia significa a força; a preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão; a mulher, invencível pelas lágrimas.
A razão convence e as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher, de todos os martírios. O heroísmo enobrece e o martírio purifica.
O homem pensa e a mulher sonha. Pensar é ter uma larva no cérebro; sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é a águia que voa;

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Na Noite Terrível

Na noite terrível, substância natural de todas as noites,
Na noite de insônia, substância natural de todas as minhas noites,
Relembro, velando em modorra incômoda,
Relembro o que fiz e o que podia ter feito na vida.
Relembro, e uma angústia
Espalha-se por mim todo como um frio do corpo ou um medo.
O irreparável do meu passado — esse é que é o cadáver!
Todos os outros cadáveres pode ser que sejam ilusão.
Todos os mortos pode ser que sejam vivos noutra parte.
Todos os meus próprios momentos passados pode ser que existam algures,
Na ilusão do espaço e do tempo,
Na falsidade do decorrer.

Mas o que eu não fui, o que eu não fiz, o que nem sequer sonhei;
O que só agora vejo que deveria ter feito,
O que só agora claramente vejo que deveria ter sido —
Isso é que é morto para além de todos os Deuses,
Isso — e foi afinal o melhor de mim — é que nem os Deuses fazem viver …

Se em certa altura
Tivesse voltado para a esquerda em vez de para a direita;

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Jesus encoraja-nos a pensar não apenas com a cabeça, mas também com o coração, com o espírito, com todo o nosso ser.

O apelo de Jesus impele cada um de nós a não ficar parado na superfície das coisas, sobretudo quando estamos perante uma pessoa.

Somos chamados a olhar mais além, a visar o coração para ver de quanta generosidade cada um é capaz.

Que cada um olhe o mais fundo da sua própria consciência e escute aquelas palavras:

«Sai dos teus interesses que atrofiam o coração, supera a indiferença para com o outro que te torna insensível, vence as tuas razões de morte e abre-te à aceitação, à reconciliação.»

Quando admiramos uma obra de arte ou qualquer maravilha que seja fruto do engenho e da criatividade do homem, o Espírito leva-nos a agradecer ao Senhor do fundo do nosso coração e a reconhecer, em tudo aquilo que temos e somos, um dom inestimável de Deus e um sinal do Seu infinito amor por nós.

Por onde começar para melhorar a nossa ética quotidiana e fazê-la tornar-se uma «ética da doação»?

Por onde? Por ti e por mim! Cada qual, mais uma vez em silêncio, pergunte a si mesmo: «Se devo começar por mim. por onde começo?» Abra cada um o seu coração para que jesus lhe diga por onde começar.+

Para ter a alegria e a paz do coração: primeiro, rezar; segundo, dar graças. E como faço para dar graças?

Recorda a tua vida e pensa nas muitas coisas boas que a vida te ofereceu; verás que não consegues contá-las e o teu coração transbordará de gratidão.

Qualquer um de nós sabe como o Senhor opera misteriosamente no seu coração, na sua salma.

E como é a nuvem, o poder, como é o estilo do Espírito Santo para cobrir o nosso mistério. Esta nuvem em nós, na nossa vida, chama-se «silêncio». O silêncio é exatamente a nuvem que cobre o mistério da nossa relação com o Senhor.

Quando sentimos no nosso coração:

«Queria ser melhor… Estou arrependido daquilo que fiz…», é mesmo o Senhor que bate á porta. Faz-te sentir isso: a vontade de ser melhor, a vontade de permanecer mais próximo dos outros, de Deus. Se sentis esse desejo de melhorar, é Ele que bate á porta; abri-Lhe a porta! Não o deixeis ir-Se embora!

Interroguemo-nos com frequência: «Que se passa no meu coração? Que penso eu? Que sinto eu?

Presto atenção ou deixo que tudo vá e venha? Sei o que quero? Ponho à prova aquilo que quero, aquilo que desejo?» Não ponhas fé em todos os espíritos; aprende a distinguir o Espírito Santo  de tantos «espíritos negativos» que todos os dias nos tentam ao longo do caminho.

Os Reis Magos convidam-nos a seguir uma luz, uma luz amável, que não se apaga, porque não é deste mundo: vem do çeu e brilha… Onde? No coração. Esta luz é o própio Senhor: uma luz que não encandeia, mas acompanha e dá uma alegria única.

Pode não acontecer no primeiro instante, mas no espaço de dez minutos em que conhece um homem, uma mulher fica com uma ideia clara de quem ele é, ou pelo menos de como é que será para ela, e o seu coração de copas já lhe disse se ela vai ou não cair de amores por ele.

Em vez de tentar proteger-se de ambientes negativos, é preferível ampliar a sua força e vitalidade. Quando o seu corpo, mente e coração irradiam energia, poder e luz, protegem-no automaticamente e dispersam a negatividade que encontra.

A Vontade de Mudar

A mudança implica dor. Dói porque nos obrigamos a romper com padrões calcinados de conforto e preguiça onde controlamos e sabemos tudo. Obriga-nos a crescer e não há nada que cresça sem nos abanar, criar desconforto e necessidade de adaptação. Mas quem muda sempre alcança. Ninguém chega a lado nenhum que valha a pena sem ter mudado alguma coisa. A vontade de mudar é uma espécie de ignição que liga o principal motor que nos conduz, o coração. Mudar é voltar a sentir, assumir responsabilidades, curar o que há para ser tratado e, finalmente, agir. E muitas vezes nem é preciso sair do mesmo lugar, basta alterarmos o significado mental que damos à situação que estamos a viver.

De certo modo, Aureliano José foi um homem alto e moreno que durante meio século lhe foi anunciado pelo rei de copas, e que como todos os enviados pelo baralho chegou ao seu coração quando já estava marcado pelo signo da morte. Ela viu isso nas cartas.

Hóstias

A Emílio de Menezes

Nos arminhos das nuvens do infinito
Vamos noivar por entre os esplendores,
Como aves soltas em vergéis de flores,
Ou penitentes de um estranho rito.

Que seja nosso amor — sidério mito! —
O límpido turíbulo das dores,
Derramando o incenso dos amores
Por sobre o humano coração aflito.

Como num templo, numa clara igreja,
Que o sonho nupcial gozado seja,
Que eu durma e sonhe nos teus níveos flancos.

Contigo aos astros fúlgidos alado,
Que sejam hóstias para o meu noivado
As flores virgens dos teus seios brancos!