Passagens sobre Honra

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Eu sou daqueles autores que consideram a maior honra e a maior liberdade ter a oportunidade de usar as suas canetas para servir as pessoas que trabalham.

É melhor merecer as honras sem recebĂȘ-las do que recebĂȘ-las sem merecĂȘ-las.

Moralidade

É nosso coração vorage imensa,
Em que Honras, Cargos, lĂșbrica Ventura
São dos Desejos vagos a mantença,
Que, gozados, os manda Ă  sepultura,
Para abrir nova boca Ă  turba densa
De prazeres de nova formosura
Quais das talhas das BĂ©lides impias,
Se esvaecem as ĂĄguas fugidias.

O Amor-PrĂłprio como Fonte de Todos os Males

É preciso nĂŁo confundir o amor-prĂłprio e o amor de si mesmo, duas paixĂ”es muito diferentes pela sua natureza e pelos seus efeitos. O amor de si mesmo Ă© um sentimento natural que leva todo o animal a velar pela sua prĂłpria conservação, e que, dirigido no homem pela razĂŁo e modificado pela piedade, produz a humanidade e a virtude. O amor-prĂłprio Ă© apenas um sentimento relativo, factĂ­cio e nascido na sociedade, que leva cada indivĂ­duo a fazer mais caso de si do que de qualquer outro, que inspira aos homens todos os males que se fazem mutuamente, e que Ă© a verdadeira fonte da honra.
Bem entendido isso, repito que, no nosso estado primitivo, no verdadeiro estado de natureza, o amor-prĂłprio nĂŁo existe; porque, cada homem em particular olhando a si mesmo como o Ășnico espectador que o observa, como o Ășnico ser no universo que toma interesse por ele, como o Ășnico juiz do seu prĂłprio mĂ©rito, nĂŁo Ă© possĂ­vel que um sentimento que teve origem em comparaçÔes que ele nĂŁo Ă© capaz de fazer possa germinar na sua alma.
Pela mesma razão, esse homem não poderia ter ódio nem desejo de vingança, paixÔes que só podem nascer da opinião de alguma ofensa recebida.

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Procura considerares-te inexistente e assim, ao contrårio do que pensava Nietzsche, nunca serås, com teu interesse e serviço dos outros, um desprezador tirano de ti próprio. Procura realizar-te nos outros, em todos os outros, e só assim serås totalmente vårio, como deves, em honra do Espírito que em ti habita.

A Imagem Ă© Sempre Fruto da Vaidade

O aplauso é o ídolo da vaidade, por isso as acçÔes heróicas não se fazem em segredo, e por meio delas procuramos que os homens formem de nós o mesmo conceito, que nós temos de nós mesmos. Raras vezes somos generosos, só pela generosidade, nem valerosos só pelo valor. A vaidade nos propÔe, que o mundo todo se aplica em registar os nossos passos; para este mundo é que obramos; por isso hå muita diferença de um homem, a ele mesmo: posto no retiro é um homem comum, e muitas vezes ainda com menos talento que o comum dos homens; porém posto em parte donde o vejam, todo é acção, movimento, esforço.
Nunca mostramos o que somos, senĂŁo quando entendemos que ninguĂ©m nos vĂȘ, e isto porque nĂŁo exercitamos as virtudes pela excelĂȘncia delas, mas pela honra do exercĂ­cio, nem deixamos de ser maus por aversĂŁo ao mal, mas pelo que se segue de o ser. O vĂ­cio pratica-se ocultamente, porque cremos que a ignomĂ­nia sĂł consiste em se saber; de sorte que se somos bons, Ă© por causa dos mais homens, e nĂŁo por nossa causa; haja quem nos assegure, que nĂŁo hĂĄ-de saber-se um desacerto, e logo nos tem certo,

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Preguiça Corporal e Preguiça Espiritual

Hå um trabalho servil, que é do corpo e para o corpo, embora a mente ajude, e um trabalho régio, que é da alma e para a alma, e quase ninguém exige às mãos. Hå, portanto, uma preguiça corporal e outra espiritual, uma ou outra senhora de todos.
A primeira Ă© dominada – nĂŁo destruĂ­da – pela necessidade e pelo tĂ©dio; a outra, reforçada pela arrogĂąncia, raramente Ă© vencida. Os homens sĂŁo indolentes que trabalham contra a vontade com os braços e a inteligĂȘncia para fugir ao trabalho mais difĂ­cil da alma.
As actividade imoderadas de muitos nĂŁo passam de pretextos da ociosidade espiritual. Em vez de se afadigarem para conseguir a renĂșncia dos bens materiais, sujeitam-se a um trabalho totalmente exterior que por vezes se converte, devido a inĂ©rcia ou embriaguez, em frenesim.
Mas reformar a natureza doente e transviada, abandonar a senda da concupiscĂȘncia e alcançar a liberdade serena dos filhos da luz representa um trabalho incomparavelmente mais duro do que dirigir uma empresa, fĂĄbrica ou banco. A maioria, por cĂĄclculo de indolĂȘncia, prefere o trabalho servil, embora penoso, ao real, mais ĂĄspero e duro – torna-se escravo das coisas terrestres para evitar o esforço que o tornaria dono do espĂ­rito.

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A Única Qualidade Específica do Homem

Esforça-te por que nĂŁo te suceda o mesmo que a mim: começar os estudos na velhice. E esforça-te tanto mais quanto enveredaste por um estudo que dificilmente chegarĂĄs a dominar mesmo na velhice. «AtĂ© que ponto poderei progredir?» – perguntas-me. AtĂ© ao ponto onde chegarem os teus esforços. De que estĂĄs Ă  espera? O saber nĂŁo se obtĂ©m por obra do acaso. O dinheiro pode cair-te em sorte, as honras serem-te oferecidas, os favores e os altos cargos poderĂŁo talvez acumular-se sobre ti: a virtude, essa, nĂŁo virĂĄ ter contigo! NĂŁo Ă© sem custo, sem grandes esforços, que chegamos a conhecĂȘ-la; mas vale bem a pena o esforço, porquanto de uma sĂł vez se obtĂȘm todos os bens possĂ­veis. De facto, o Ășnico bem Ă© aquele que Ă© conforme Ă  moral; nos valores aceites pela opiniĂŁo comum nĂŁo encontrarĂĄs a mĂ­nima parcela de verdade ou de certeza.
(…) Cada coisa Ă© avaliada por uma qualidade especĂ­fica. O valor da videira estĂĄ na sua produtividade, o do vinho no seu sabor, o do veado na sua rapidez; o que nos interessa nas bestas de carga Ă© a sua força, pois elas apenas servem para isso mesmo: transportar carga. Num cĂŁo a primeira qualidade Ă© o faro,

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Fazemos homens sem peito e esperamos deles virtude e empreendimento. Rimos da honra e ficamos chocados quando achamos traidores em nosso meio. Castramos o animal e exigimos que ele seja fecundo.

Hå duas espécies de constùncia em amor: uma, porque encontramos sem cessar na pessoa amada novos motivos para amå-la; a outra, porque fazemos ponto de honra em ser constantes.