Passagens sobre PrudĂȘncia

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Quem quer vencer um obstĂĄculo deve armar-se da força do leĂŁo e da prudĂȘncia da serpente.

PrudĂȘncia: E devemos sempre deixar bem claro que nenhum de nĂłs, brasileiros, Ă© contra o roubo. Somos apenas contra ser roubados

A Armadilha do Empenho

Fugir dos empenhos Ă© das primeiras mĂĄximas da prudĂȘncia. Nas grandes capacidades hĂĄ sempre grandes distĂąncias, atĂ© aos Ășltimos detalhes do tĂ©rmino. HĂĄ muito para andar de um extremo ao outro, e eles estĂŁo sempre inebriados pela sua boa conduta: chegam tarde ao rompimento, pois Ă© mais fĂĄcil furtar-se Ă  ocasiĂŁo perigosa do que se sair bem dela. Nas tentaçÔes do juĂ­zo, mais seguro Ă© fugir do que vencer. Um empenho traz outro maior e estĂĄ perto do despenho. HĂĄ homens que, por gĂ©nio e mesmo por inclinação, metem-se em obrigaçÔes, mas quem caminha Ă  luz da razĂŁo sempre vai com muita consideração. Estima-se ter mais valor o nĂŁo se empenhar que o vencer, e, jĂĄ que hĂĄ um tolo profiado, escusa-se que com ele sejam dois.

De pouco valem as armas do lado de fora, se nĂŁo hĂĄ prudĂȘncia dentro de casa.

A Força de Toda a Decisão Reside no Tempo

A força de toda a decisĂŁo reside no tempo; as situaçÔes e as matĂ©rias rolam e mudam sem cessar. Na minha vida incorri em alguns erros graves e importantes, nĂŁo por falta de tino mas por falta de sorte. HĂĄ nos objectos que manejamos partes secretas e imprevisĂ­veis, principalmente na natureza dos homens; caracterĂ­sticas mudas, nĂŁo aparentes, Ă s vezes desconhecidas do prĂłprio possuidor, que se manifestam e despertam em circunstĂąncias imprevistas. Se a minha prudĂȘncia nĂŁo as pĂŽde penetrar e profetizar, nĂŁo a recrimino por isso; a sua tarefa atĂ©m-se aos seus limites; o desfecho derrota-me; e se ele favorecer o partido que rejeitei, nĂŁo hĂĄ remĂ©dio; nĂŁo me culpo a mim; acuso a minha fortuna, nĂŁo a minha obra; isso nĂŁo se chama arrependimento.

É Fundamental Cultivar Interesses Exteriores

Uma das causas da infelicidade, da fadiga e da tensĂŁo nervosa Ă© a incapacidade para tomar interesse por tudo o que nĂŁo tenha uma importĂąncia prĂĄtica na vida. DaĂ­ resulta que o consciente estĂĄ sempre ocupado com um nĂșmero restrito de problemas, cada um dos quais comporta certamente algumas inquietaçÔes e cuidados. A nĂŁo ser no sono, o consciente nunca repousa para o subconsciente amadurecer gradualmente os problemas inquietantes. Sobrevem assim a excitabilidade, a falta de prudĂȘncia, a irritabilidade e a perda do sentido das proporçÔes. Tudo isto tanto sĂŁo causas como efeitos da fadiga. À medida que aumenta a fadiga no homem, diminuem os seus interesses exteriores, e Ă  medida que estes diminuem perde o descanso que eles lhe proporcionavam e fatiga-se ainda mais.
Este cĂ­rculo vicioso nĂŁo pode deixar de conduzir a uma depressĂŁo nervosa. O que Ă© repousante nos interesses exteriores Ă© o facto de nĂŁo exigirem qualquer acção. Tomar decisĂ”es e exercer a sua vontade Ă© bastante fatigante, especialmente quando Ă© necessĂĄrio fazĂȘ-lo apressadamente e sem o auxĂ­lio do subconsciente. TĂȘm razĂŁo os que pensam que «a noite Ă© boa conselheira» e que devem dormir primeiro antes de tomar alguma decisĂŁo importante, mas nĂŁo Ă© somente no sono que o processo mental do subconsciente pode realizar-se.

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O Âmago da Virtude

HaverĂĄ filĂłsofos que pretendem induzir-nos a dar grande valor Ă  prudĂȘncia, a praticarmos a virtude da coragem, a nos aplicarmos Ă  justiça — se for possĂ­vel — com maior empenho ainda do que Ă s restantes virtudes. Pois bem: de nada servirĂŁo estes conselhos se nĂłs ignorarmos o que Ă© a virtude, se ela Ă© una ou mĂșltipla, se as virtudes sĂŁo individualizadas ou interdependentes, se quem possui uma virtude possui tambĂ©m as restantes ou nĂŁo, qual a diferença que existe entre elas. Um operĂĄrio nĂŁo precisa de investigar qual a origem ou a utilidade do seu trabalho, tal como o bailarino o nĂŁo tem que fazer quanto Ă  arte da dança: os conhecimentos relativos a todas estas artes estĂŁo circunscritos a elas mesmas, porquanto elas nĂŁo tĂȘm incidĂȘncia sobre a totalidade da vida. A virtude, porĂ©m, implica tanto o conhecimento dela prĂłpria como o de tudo o mais; para aprendermos a virtude temos de começar por aprender o que ela Ă©. Uma acção nĂŁo pode ser correcta se nĂŁo for correcta a vontade, pois Ă© desta que provĂ©m a acção. TambĂ©m a vontade nunca serĂĄ correcta se nĂŁo for correcto o carĂĄcter, porquanto Ă© deste que provĂ©m a vontade. Finalmente,

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Insiste no BenefĂ­cio

Queixas-te de teres dado com um ingrato! Se Ă© a primeira vez que isso te sucede bem podes agradecer Ă  tua sorte… ou Ă  tua prudĂȘncia. Mas esta Ă© uma questĂŁo em que a prudĂȘncia apenas farĂĄ de ti um homem azedo, pois se pretenderes evitar o perigo da ingratidĂŁo nunca mais farĂĄs benefĂ­cios a ninguĂ©m. Quer dizer, para que os teus benefĂ­cios nĂŁo sejam em vĂŁo, privas-te de fazĂȘ-los. A verdade Ă© que Ă© preferĂ­vel proporcionar benefĂ­cios mesmo sem contrapartida do que renunciar a beneficiar os outros: hĂĄ que voltar a semear, mesmo depois de uma mĂĄ colheita! As sementeiras perdidas por uma prolongada estirilidade de um terreno pouco fĂ©rtil podem ser compensadas pela abundĂąncia de uma Ășnica messe. Para encontrarmos um sĂł homem grato vale bem a pena sujeitarmo-nos Ă  ingratidĂŁo de muitos.
Ao distribuir benefĂ­cios ninguĂ©m tem a mĂŁo tĂŁo certeira que nĂŁo se possa com frequĂȘncia enganar: pois sejam em vĂŁo esses benefĂ­cios, desde que uma ou outra vez sejam bem aplicados! NĂŁo Ă© um naufrĂĄgio que pĂ”e termo Ă  navegação, como nĂŁo Ă© a presença de um falido que impede o usurĂĄrio de montar banca no foro. Em breve a nossa vida se transformarĂĄ num torpor inutilmente ocioso se pretendermos eximir-nos Ă  mĂ­nima contrariedade.

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As façanhas enchem o coração de presunção perigosa; os erros obrigam o homem a recolher-se em si mesmo e devolvem-lhe aquela prudĂȘncia de que os sucessos o privaram.

Sem Causa a InfĂąncia Ri

Sem causa a InfĂąncia ri, sem causa chora:
Incauta se despenha a mocidade;
Sacode o jugo, e nela a liberdade,
A caça, o jogo, o amor, tudo a namora.

Das honras o varĂŁo se condecora;
Tudo Ă© nele ilusĂŁo, tudo vaidade:
Junta Tesouros a avarenta idade;
Diz mal do nosso, e ao tempo andado adora.

Tormento Ă© toda a vida, Ă© toda enganos:
Quando uns afectos vence a novos corre,
E tarde reconhece os prĂłprios danos:

Porque enfim se a prudĂȘncia nos socorre,
Ditada na lição dos longos anos,
Quando se sabe, entĂŁo Ă© que se morre.