Passagens sobre Úteis

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Frases sobre Ășteis, poemas sobre Ășteis e outras passagens sobre Ășteis para ler e compartilhar. Leia as melhores citaçÔes em Poetris.

HĂĄ diversos tipos de curiosidade; uma de interesse, que nos leva ao desejo de aprender o que nos pode ser Ăștil, e outra, de orgulho, que provĂ©m do desejo de saber o que os outros ignoram.

Sucesso é Realização

O sucesso Ă© a realização de qualquer coisa valiosa para si. Pode ser a paz de espĂ­rito e felicidade; uniĂŁo no lar e na famĂ­lia; o gosto pelo trabalho; independĂȘncia financeira; alegria e satisfação por servir os outros; o desenvolvimento das forças construtivas inerentes ao homem; amar a vida e sentir-se satisfeito com o seu carĂĄcter, os seus ideais e os trabalhos realizados.
«Talvez ainda se nĂŁo tivesse encontrado uma definição de sucesso aplicĂĄvel a todas as pessoas» – escreveu Zu Tavern – «Cada um de nĂłs tem a sua ideia pessoal de sucesso, e essa mesma ideia vai-se modificando com a passagem do tempo. Para alguns, sucesso Ă© igual a fama; para outros, riqueza em dinheiro; para outros ainda, apenas amor e felicidade.»
É uma lei da natureza humana realizar, ganjear respeito, ser um trabalhador e construtor activo, deixar o mundo um pouco melhor que o encontrado. O homem foi feito para realizar. A maior satisfação da vida provĂ©m da realização. Isto prova-se pela sua estrutura fĂ­sica, mental e moral.
Quando faz qualquer coisa – para os outros ou para o seu prĂłprio bem – Ă© feliz e sente-se Ăștil.
O desejo de realizar nasce connosco.

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NĂŁo hĂĄ Dicas para Namorar e Casar

Nunca me ensinaram as coisas realmente Ășteis: como Ă© que um rapaz arranja uma noiva, que tipo de anel deve comprar, se pode continuar a sair para os copos com os amigos, se Ă© preciso pedir primeiro aos pais, se tem de usar anel tambĂ©m. Palavra que fui um rapaz que estudou muito e nunca me souberam ensinar isto. Ensinaram-me tudo e mais alguma coisa sobre o sexo e a reprodução, sobre o prazer e a sedução, mas quanto ao namorar e casar, nada. E agora, como Ă© que eu faço?

Passei a pente fino as melhores livrarias de Lisboa e nĂŁo encontrei uma Ășnica obra que me elucidasse. Se quisesse fazer cozinha macrobiĂłtica, descobrir o «ponto G» da minha companheira para ajudĂĄ-la a atingir um orgasmo mais recompensador, montar um aquĂĄrio, criar mĂ­scaros ou construir um tanque Sherman em casa, sim, existe toda uma vasta bibliografia. Para casar, nem um folheto. Nem um «dĂ©pliant». Nada. Nem um autocolante. Para apanhar SIDA sei exactamente o que devo fazer. Para apanhar a minha noiva nĂŁo faço a mais pequena ideia.

Porque Ă© que o MinistĂ©rio da Juventude, em vez de esbanjar fortunas com iniciativas patetas (como aquela piroseira fascistĂłide dos Descobrimentos) e anĂșncios ridĂ­culos (como aqueles «Ya meu,

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HĂĄ a oração da manhĂŁ e a da noite. Todavia, quando estamos sem fĂŽlego, assoberbados pelas dificuldades, pelos contratempos, pela fadiga, pode ser Ăștil repetir durante o dia uma breve oração. Por exemplo: «Eu sou a presença de Deus. Senhor, enche-me de Ti.»

O Saber Ajuda em Todas as Actividades

O mero filĂłsofo Ă© geralmente uma personalidade pouco admis­sĂ­vel no mundo, pois supĂ”e-se que ele em nada contribui para o be­nefĂ­cio ou para o prazer da sociedade, porquanto vive distante de toda comunicação com os homens e envolto em princĂ­pios e noçÔes igualmente distantes de sua compreensĂŁo. Por outro lado, o mero ig­norante Ă© ainda mais desprezado, pois nĂŁo hĂĄ sinal mais seguro de um espĂ­rito grosseiro, numa Ă©poca e uma nação em que as ciĂȘncias florescem, do que permanecer inteiramente destituĂ­do de toda espĂ©cie de gosto por estes nobres entretenimentos. SupĂ”e-se que o carĂĄcter mais perfeito se encontra entre estes dois extremos: conserva igual capacidade e gosto para os livros, para a sociedade e para os negĂłcios; mantĂ©m na conversação discernimento e delicadeza que nascem da cultura literĂĄria; nos negĂłcios, a probidade e a exatidĂŁo que resultam naturalmente de uma filosofia conveniente. Para difundir e cultivar um carĂĄcter tĂŁo aperfeiçoado, nada pode ser mais Ăștil do que as com­posiçÔes de estilo e modalidade fĂĄceis, que nĂŁo se afastam em demasia da vida, que nĂŁo requerem, para ser compreendidas, profunda apli­cação ou retraimento e que devolvem o estudante para o meio de homens plenos de nobres sentimentos e de sĂĄbios preceitos,

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A Suprema Vantagem do Homem sobre todos os Seres

Foi para o ser capaz de adquirir o maior nĂșmero de artes que a natureza deu a ferramenta que Ă©, de longe, a mais Ăștil: a mĂŁo. E os que pretendem que o homem, longe de ser bem constituĂ­do, Ă© o mais mal munido dos animais – dizem, na verdade, que ele nada tem nos pĂ©s, que Ă© nu e nĂŁo possui armas para a luta – estĂŁo errados: ou outros, de facto, dispĂ”em de um Ășnico recurso que nĂŁo podem trocar por um outro, e precisam, por assim dizer, de permanecer calçados para dormir ou para fazer tudo, jamais podem tirar a armadura que tĂȘm ao redor do corpo e jamais conseguem trocar a arma de que foram dotados pelo destino; o homem, pelo contrĂĄrio, dispĂ”e de mĂșltiplos meios de defesa e tem sempre a possibilidade de trocĂĄ-los, assim como pode possuir a arma que deseja e no momento que deseja. A mĂŁo, de facto, torna-se garras, presas ou chifres, e tambĂ©m pega na lança, na espada, ou e qualquer outra arma ou ferramenta, e ela Ă© tudo isso porque pode pegar e segurar tudo.

Os Grandes Homens

Daqueles que comandaram batalhĂ”es e esquadrĂ”es sĂł resta o nome. O gĂ©nero humano nada tem para mostrar duma centena de batalhas travadas. Mas os grandes homens de que vos falo prepararam puros e perenes prazeres para os homens que ainda hĂŁo-de nascer. Uma eclusa a ligar dois mares, um quadro de Poussin, uma bela tragĂ©dia, uma nova verdade – sĂŁo coisas mil vezes mais preciosas do que todos os anais da corte ou todos os relatos de campanhas militares. Sabeis que, comigo, os grandes homens sĂŁo os primeiros e os herĂłis os Ășltimos.
Chamo «grandes homens» a todos aqueles que se distinguiram na criação daquilo que Ă© Ăștil ou agradĂĄvel. Os saqueadores de provĂ­ncias sĂŁo meros herĂłis.

Tem a Virtude o Prémio

Tardio Ă s vezes, sempre merecido,
Tem a Virtude o prémio aparelhado
Ao profĂ­cuo talento, ao peito honrado,
Que do dever o stĂĄdio tem corrido.

O SĂĄbio, que dos louros esquecido
SĂł no obrar bem os olhos tem cravado
InĂłpino tambĂ©m se acha c’roado
Por mĂŁos sob’ranas c’o laurel devido

Útil Ă  PĂĄtria seja, as paixĂ”es dome,
Seja piedoso, honesto, afĂĄvel, justo;
Que no futuro o espera ínclito nome.»

Assim falou Minerva ao Coro augusto,
Pondo no Templo do imortal Renome,
De glĂłria ornado, o teu prezado Busto.

Ter utilidade Ă© importante. NĂŁo menospreze a utilidade. Um objeto Ăștil, quando impregnado de amor e Vida, torna-se uma perfeita obra de arte.

Seria Eterno

Seria eterno, se nĂŁo fosse entrando
por aquele paĂ­s de solidĂŁo,
aonde ver a luz alarga, quando
e alarga, Ă  volta, a vinda do verĂŁo.

Seria eterno. Assim somente o brando
movimento de entrar se lhe mensura,
conforme ver, ao ir-se dilatando,
amplia o campo Ăștil da ternura.

E, enquanto entra, um cĂąntico de brisa
lembra quanto por campos foi outrora
tempo apagando a sua face lisa,

qual se alisando, se apagasse a hora.
E, indo entrando, a solidĂŁo se irisa
e o vai esquecendo pelo tempo fora.

A Boa Vontade

De todas as coisas que podemos conceber neste mundo ou mesmo, de uma maneira geral, fora dele, nĂŁo hĂĄ nenhuma que possa ser considerada como boa sem restrição, salvo uma boa vontade. O entendimento, o espĂ­rito, o juĂ­zo e os outros talentos do espĂ­rito, seja qual for o nome que lhes dermos, a coragem, a decisĂŁo, a perseverança nos propĂłsitos, como qualidades do temperamento, sĂŁo, indubitĂĄvelmente, sob muitos aspectos, coisas boas e desejĂĄveis; contudo, tambĂ©m podem chegar a ser extrordinĂĄriamente mĂĄs e daninhas se a vontade que hĂĄ-de usar destes bens naturais, e cuja constituição se chama por isso carĂĄcter, nĂŁo Ă© uma boa vontade. O mesmo se pode dizer dos dons da fortuna. O poder, a riqueza, a consideração, a prĂłpria saĂșde e tudo o que constitui o bem-estar e contentamento com a prĂłpria sorte, numa palavra, tudo o que se denomina felicidade, geram uma confiança que muitas vezes se torna arrogĂąncia, se nĂŁo existir uma boa vontade que modere a influĂȘncia que a felicidade pode exercer sobre a sensibilidade e que corrija o princĂ­pio da nossa actividade, tornando-o Ăștil ao bem geral; acrescentemos que num espectador imparcial e dotado de razĂŁo, testemunha da felicidade ininterrupta de uma pessoa que nĂŁo ostente o menor traço de uma vontade pura e boa,

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