Passagens sobre VĂ­cio

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Frases sobre vício, poemas sobre vício e outras passagens sobre vício para ler e compartilhar. Leia as melhores citaçÔes em Poetris.

Não hå Sabedoria sem Esforço

Certos vĂ­cios, temos o hĂĄbito de atribuĂ­-los aos condicionalismos do lugar e do tempo, mas o certo Ă© que, para onde quer que vamos, esses vĂ­cios nos acompanham. (…) Para quĂȘ iludirmo-nos? O nosso mal nĂŁo vem do exterior, estĂĄ dentro de nĂłs, enraizado nas nossas vĂ­sceras, e, como ignoramos o mal de que sofremos, sĂł com dificuldade recuperamos a saĂșde. E mesmo que jĂĄ tenhamos iniciado o tratamento, quando nos serĂĄ possĂ­vel levar de vencida a enorme virulĂȘncia de tĂŁo numerosas enfermidades? Nem sequer solicitamos a presença do mĂ©dico, quando afinal Ă© mais fĂĄcil tratar uma doença ainda no inĂ­cio. Almas ainda frescas e inexperientes obedecem sem tardar a quem lhes indique o justo caminho. SĂł Ă© difĂ­cil reconduzir Ă  via da natureza quem deliberadamente dela se apartou. Parece que temos vergonha de aprender a sabedoria! Pelos deuses, se acharmos que Ă© vergonhoso buscar um mestre, entĂŁo podemos perder a esperança de obter as vantagens da sabedoria por obra do acaso. A sabedoria sĂł se obtĂ©m pelo esforço.
Para dizer a verdade, nem sequer Ă© necessĂĄrio grande esforço se, como disse, começarmos a formar e a corrigir a nossa alma antes que as mĂĄs tendĂȘncias cristalizem. Mas mesmo jĂĄ empedernidas,

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VĂłs Outros, Que Buscais Repouso Certo

VĂłs outros, que buscais repouso certo
na vida, com diversos exercĂ­cios;
a quem, vendo do mundo os benefĂ­cios,
o regimento seu estĂĄ encoberto;

dedicai, se quereis, ao desconcerto
novas hontas e cegos sacrifĂ­cios;
que, por castigo igual de antigos vĂ­cios,
quer Deus que andem as cousas por acerto.

NĂŁo caiu neste modo de castigo
quem pĂŽs culpa Ă  Fortuna, quem sĂČmente
crĂȘ que acontecimentos hĂĄ no mundo.

A grande experiĂȘncia Ă© grĂŁo perigo;
mas o que a Deus Ă© justo e evidente
parece injusto aos homens e profundo.

Nada Vence as PaixÔes Profundas de Cada Um

As paixĂ”es opĂ”em-se Ă s paixĂ”es, e podem servir de contrapeso umas Ă s outras; mas a paixĂŁo dominante nĂŁo se pode conduzir senĂŁo pelo seu prĂłprio interesse, real ou imaginĂĄrio, porque ela reina despoticamente sobre a vontade, sem a qual nada se pode. Contemplo humanamente as coisas, e acrescento nes­se espĂ­rito: nem todo o alimento Ă© prĂłprio para todos os cor­pos; nem todos os objetos sĂŁo suficientes para tocar deter­minadas almas. Quem acredita serem os homens ĂĄrbitros soberanos dos seus sentimentos nĂŁo conhece a natureza; consiga-se que um surdo se divirta com os sons encantado­res de Mureti, peça-se a uma jogadora, que estĂĄ a jogar uma grande partida, que tenha a complacĂȘncia e a sabedo­ria de se enfadar durante a mesma, nenhuma arte pode fazĂȘ-lo.
Os sĂĄbios enganam-se quando oferecem a paz Ă s paixĂ”es: as paixĂ”es sĂŁo inimigas dela. Eles elogiam a mo­deração para aqueles que nasceram para a acção e para uma vida agitada; que importa a um homem doente a delicadeza de um festim que lhe repugna? NĂłs nĂŁo conhecemos os defeitos de nossa alma; mas ainda que pudĂ©ssemos conhecĂȘ-los, raramente haverĂ­a­mos de os querer vencer.
As nossas paixÔes não são distintas de nós mesmos; al­gumas delas são todo o fundamento e toda a substùncia da nossa alma.

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A abstinĂȘncia torna-se estĂ©ril quando ditada pela fraqueza do corpo ou pelo vĂ­cio da avareza

A abstinĂȘncia torna-se estĂ©ril quando ditada pela fraqueza do corpo ou pelo vĂ­cio da avareza.

Uma virtude Ă© semelhante a uma cidade no alto de uma montanha – nĂŁo se pode escondĂȘ-la. Podemos dissimular os vĂ­cios se o pretendermos – nem que seja sĂł por momentos -, mas a virtude estĂĄ exposta aos olhos de todos.

Afinal de contas, talvez eu próprio estivesse, naquela época, a representar esse papel de amante, esse papel de vício revivificador. Mais do que a representar um papel, aliås: a personificar de facto um milagre na vida de alguém, salvando-lhe o casamento, oferecendo-lhe a oportunidade de proteger-se dos filhos durante uma noite ocasional, dando-lhe pelo menos uma de dezoito irrebatíveis razÔes para fugir de casa, ainda que por instantes apenas.

És Um HOMEM, Se…

Se és capaz de conservar o teu bom senso e a calma,
Quando os outros os perdem, e te acusam disso,

Se és capaz de confiar em ti, quando te ti duvidam
E, no entanto, perdoares que duvidem,

Se és capaz de esperar, sem perderes a esperança
E nĂŁo caluniares os que te caluniam,

Se és capaz de sonhar, sem que o sonho te domine,
E pensar, sem reduzir o pensamento a vĂ­cio,

Se és capaz de enfrentar o Triunfo e o Desastre,
Sem fazer distinção entre estes dois impostores,

Se és capaz de ouvir a verdade que disseste,
Transformada por canalhas em armadilhas aos tolos,

Se és capaz de ver destruído o ideal da vida inteira
E construĂ­-lo outra vez com ferramentas gastas,

Se és capaz de arriscar todos os teus haveres
Num lance corajoso, alheio ao resultado,
E perder e começar de novo o teu caminho,
Sem que ouça um suspiro quem seguir ao teu lado,

Se Ă©s capaz de forçar os teus mĂșsculos e nervos
E fazĂȘ-los servir se jĂĄ quase nĂŁo servem,

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Use o Seu Cérebro

NĂŁo existe manual de instruçÔes para o cĂ©rebro, mas ele precisa de alimento, reparação e da devida manutenção ainda assim. Certos nutrientes sĂŁo fĂ­sicos; a atual mania dos alimentos para o cĂ©rebro faz as pessoas correrem para vitaminas e enzimas. Mas o devido alimento para o cĂ©rebro Ă© tanto mental como fĂ­sico. O ĂĄlcool e o tabaco sĂŁo tĂłxicos, e sujeitar o cĂ©rebro Ă  sua exposição Ă© fazer mau uso dele. A raiva e o medo, o stress e a depressĂŁo sĂŁo igualmente uma forma de mĂĄ utilização. No momento em que escrevemos este livro, um novo estudo revela que uma rotina de stress diĂĄrio fecha o cĂłrtex prĂ©-frontal, a parte do cĂ©rebro responsĂĄvel pela tomada de decisĂ”es, correção de erros e avaliação de situaçÔes. É por isso que as pessoas dĂŁo em doidas em engarrafamentos. É um stress rotineiro, e contudo a fĂșria, frustração e impotĂȘncia que alguns condutores sentem indicam que o cĂłrtex prĂ©-frontal deixou de dominar os impulsos primĂĄrios por cujo controlo Ă© responsĂĄvel.

Damos constantemente connosco a voltar Ă  mesma questĂŁo: use o seu cĂ©rebro, nĂŁo deixe que o seu cĂ©rebro o use a si. As fĂșrias com o trĂąnsito sĂŁo um exemplo do seu cĂ©rebro a usĂĄ-lo,

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