Mérito é o que dizeis? Ah, pobre ingénuos!
O dinheiro, esse sim é que é mérito, irmãos.
Apenas os ricos são bons, bonitos,
amáveis, jovens e sábios.
Passagens sobre Dinheiro
634 resultadosNada hipnotiza e inebria mais do que o dinheiro: quando ele é muito, o mundo parece melhor do que é.
O Dinheiro Financia as Circunstâncias
Já dizia o filósofo: eu sou eu e as minhas circunstâncias. Muito bem dito. Pois é o dinheiro que te permite financiar as tuas circunstâncias; se falta o dinheiro, ficas sozinho com o teu vazio, mero invólucro sem circunstância que valha um tostão furado: abandona-te essa mão oportuna que te daria uma palmada nas costas para cuspires o fiapo de frango meio mastigado que nesse momento te entope a glote não, não o digo por ti, Liliana, como podes pensar uma coisas dessas, estou a falar em termos gerais, bem sei que tu nunca me abandonarias); se tens dinheiro, pelo contrário, podes comprar companhia, um enfermeiro, uma enfermeira. Podes pagar a uma pedicura que te corte as unhas dos pés — uma tarefa que se te torna cada vez mais esgotante — e as lime para que não se dobrem e se cravem na carne, uma profissional hábil e cuidadosa que te extraia os calos e te desinfete essas perigosas feridas na planta do pé que a hiperglicemia ameaça tornar crónicas e que, se perdurarem e alastrarem, podem gangrenar e obrigar à amputação do membro; tendo dinheiro, podes dar-te ao luxo de contratar um massagista, um cabeleireiro que te corte o cabelo e te barbeie na cama,
Bolsa rota, dinheiro à solta.
Se o dinheiro serve para alguma coisa, é sem dúvida para comprar inocência aos filhos. Nada mais. A vantagem não é pequena. Tira-te do reino animal e introduz-te no reino moral.
Não há mal tão lastimeiro como não ter dinheiro.
Portugal Está a Atravessar a Pior Crise
Que fazer? Que esperar? Portugal tem atravessado crises igualmente más: – mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não – pelo menos o Estado não tem: – e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela Política. De sorte que esta crise me parece a pior – e sem cura.
A uma Regateira
A minha Isabel
saiu esta tarde
A matar de amores,
A vendar gorazes.Deitada ao pescoço
A beatilha leva,
Pois de desprezar
Somente se preza,Por fresco apregoa
O peixe, meu bem,
E no apregoar fresco
Quanto sal que tem!Gadelhinhas louras,
Que pelas gadelhas
A minha alma anda
Pendurada nelas.Em continhas brancas
Extremós vermelhos.
Porém como ela
Não há tal extremo.Memória de prata
Metida no dedo,
Vá-se embora o ouro,
Que não tem tal preço.Sainha de pano,
Barra de veludo,
Mantilha vermelha,
Sapata em pantufo.Ao passar lhe disse
Pela requebrar:
Senhora Isabel
Quem fora goraz!Fizera-lhe eu logo
Depressa um Soneto,
Porque de poeta
Tenho meus dois dedos.Porém nesse passo
Entrou Bastião,
Pediu-me dinheiro,
Dei a tudo de mão.
O dinheiro representa uma nova forma de escravidão impessoal, em lugar da antiga escravidão pessoal.
Eu acho que a coisa mais importante na vida de uma pessoa é felicidade. Não coisas materiais como carro, dinheiro, casa, você pode ter tudo. Se você não for feliz, o que você tem? Então eu acho que se eu puder apenas continuar fazendo a vida das pessoas agradável e fazer minha própria vida feliz, então é tudo o que eu poderia esperar da vida.
Haja saúde e dinheiro para vinho.
As pessoas se transformam em máquinas de fazer de dinheiro ou que tentam fazer dinheiro.
O uso do dinheiro é toda a vantagem que dá a sua posse.
Se quiseres enriquecer alguém: não lhe dês dinheiro, tira-lhe ambições.
Somente as pessoas imaturas precisam de muito dinheiro para preencher bem seu tempo de folga.
O dinheiro fala todas as línguas.
Vivo perturbado todos os dias, e sempre que abro um jornal, com a total injustiça social. Cada vez que me acontece alguma coisa boa materialmente – ganhar mais dinheiro -, há sempre em mim um sentimento de vergonha. Penso nas pessoas que naquele momento não sabem se têm dinheiro para almoçar e para dar almoço aos filhos.
É Tempo de Natal
É tempo de Natal. Exibe-se um pinheiro,
Com lâmpadas de cor, sobre o balcão.
Tem, também, pendurados, a isca do dinheiro
E flocos finos de algodão.Nas férias, foge a freguesia
Do final das manhãs,
Com os seus kispos disformes, de inflada fantasia,
E o conforto das lãs.Bebem-se mais bebidas quentes.
O chão, mais húmido, incomoda.
E há apelos insistentes
Do cauteleiro que anda à roda.Os embrulhos, nas mesas, nos regaços,
Com vistosos papéis,
Florescem de acetinados laços,
Lembram o oiro, o incenso, a mirra, em mãos de reis.Muitos adultos. Pouca criançada.
Muito cansaço. Pouca animação.
A vida (a cruz!) tão cara, tão pesada!
E dão-se as boas-festas sem se sentir que o são.Consigo mesa junto à vidraça.
E é em mim que procuro, ou é lá fora,
A estrela que não luz, o pastor que não passa,
O anjo que não vem anunciar a hora?
Sucesso é Realização
O sucesso é a realização de qualquer coisa valiosa para si. Pode ser a paz de espírito e felicidade; união no lar e na família; o gosto pelo trabalho; independência financeira; alegria e satisfação por servir os outros; o desenvolvimento das forças construtivas inerentes ao homem; amar a vida e sentir-se satisfeito com o seu carácter, os seus ideais e os trabalhos realizados.
«Talvez ainda se não tivesse encontrado uma definição de sucesso aplicável a todas as pessoas» – escreveu Zu Tavern – «Cada um de nós tem a sua ideia pessoal de sucesso, e essa mesma ideia vai-se modificando com a passagem do tempo. Para alguns, sucesso é igual a fama; para outros, riqueza em dinheiro; para outros ainda, apenas amor e felicidade.»
É uma lei da natureza humana realizar, ganjear respeito, ser um trabalhador e construtor activo, deixar o mundo um pouco melhor que o encontrado. O homem foi feito para realizar. A maior satisfação da vida provém da realização. Isto prova-se pela sua estrutura física, mental e moral.
Quando faz qualquer coisa – para os outros ou para o seu próprio bem – é feliz e sente-se útil.
O desejo de realizar nasce connosco.
Sonhar com carvão é sinal de dinheiro.