Passagens sobre Doença

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Cada doença pertence a um doente. Cada doente tem uma mente. Cada mente é um universo infinito. do livro O Vendedor de Sonhos

Não penses que somente a doença e a infelicidade constituem avisos de Deus. Pode-se dizer que tudo quanto a vista possa alcançar representa avisos de Deus manifestados através de nossa mente, pois tudo é projeção da mente.

Desde a antiguidade, costuma-se dizer que em casa onde existe pĂ© de nĂȘspera nĂŁo cessam de ocorrer doenças na famĂ­lia. Mas, por outro lado, diz-se que as folhas de nespereira curam muitas doenças. É curioso: folhas que servem como remĂ©dio para muitas doenças, tambĂ©m atraem muitas doenças. os mortos devem ser enterrados no cemitĂ©rio junto ao templo, e ali deve ser plantada uma nespeira. Isto estĂĄ de acordo com a lei mental segundo a qual ‘as coisas e os fatos atraem aquilo que tĂȘm afinidade.

A miséria procede do homem e das coisas. Deitai um doente num leito de ouro ou de madeira, e a sua doença segui-lo-å do mesmo modo.

A Idade

Ao princípio, era a doença de ser, pura e simples
exaltação das trevas de que a casa era a luz do mundo.
Ao princĂ­pio, estava o amor oculto no secreto fio
da memĂłria do mundo. Ao princĂ­pio, era o insondĂĄvel

desconhecido, aberto nas mãos maternais, sortilégio
do mundo. Ao princĂ­pio, vinha o silĂȘncio como ponto
de encontro do nada do mundo. Ao princĂ­pio, chegava
a dor da pedra opressa nos coraçÔes, sublime prodígio

do mundo. Ao princĂ­pio, revelava-se o inominĂĄvel,
o imĂłvel, o informe, a intimidade temida do mundo.
Ao princĂ­pio, clamava-se a concĂłrdia e a piedade,

afirmação absoluta da constùncia do mundo.
Ao princĂ­pio, era o calor e a paz. Depois, a casa
abriu-se à terra fértil, a madre terra, a medonha terra.

A Minha Inspiração

A minha inspiração são os homens e as mulheres que surgiram em todo o globo e escolheram o mundo como o teatro das suas operaçÔes, e que lutam contra as condiçÔes socioeconómicas que não promovem o avanço da Humanidade, onde quer que este ocorra. Homens e mulheres que lutam contra a supressão da voz humana, que combatem a doença, a iliteracia, a ignorùncia, a pobreza e a fome. Alguns são conhecidos, outros não. Essas são as pessoas que me inspiraram.

O que dificulta a cura Ă© sobretudo a atitude mental de se prender Ă  doença. No tratamento mĂ©dico em si nĂŁo existe benefĂ­cio nem malefĂ­cio; mas, se um mĂ©dico que desconhece a Verdade cuidar do enfermo, darĂĄ demasiada ĂȘnfase Ă  doença, o que farĂĄ com que a mente dos familiares do paciente fique presa Ă  doença, e isso se torna um malefĂ­cio.

Como é que se Esquece Alguém que se Ama?

Como Ă© que se esquece alguĂ©m que se ama? Como Ă© que se esquece alguĂ©m que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguĂ©m se vai embora de repente como Ă© que se faz para ficar? Quando alguĂ©m morre, quando alguĂ©m se separa – como Ă© que se faz quando a pessoa de quem se precisa jĂĄ lĂĄ nĂŁo estĂĄ?
As pessoas tĂȘm de morrer; os amores de acabar. As pessoas tĂȘm de partir, os sĂ­tios tĂȘm de ficar longe uns dos outros, os tempos tĂȘm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pĂŽr-se processos e acçÔes de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcĂ©us, entrar nas maiores peixeiradas, mas nĂŁo se podem despejar de repente. Elas nĂŁo saem de lĂĄ. EstĂșpidas! É preciso aguentar. JĂĄ ninguĂ©m estĂĄ para isso, mas Ă© preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura Ă© aceitar-se que se estĂĄ doente. É preciso paciĂȘncia. O pior Ă© que vivemos tempos imediatos em que jĂĄ ninguĂ©m aguenta nada. NinguĂ©m aguenta a dor. De cabeça ou do coração.

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Se pisares acidentalmente num pedaço de corda e julgares tratar-se de uma serpente, ficarås tão assustado com teu próprio equívoco, que até poderås adoecer. No entanto, a corda continua sendo corda mesmo que tenhas pensado ser uma serpente. Assim também é a Imagem Verdadeira do homem. Mesmo que a pessoa adoeça por ter uma visão errÎnea de sua Imagem Verdadeira, esta continua perfeita, isenta de envelhecimento, doença e morte.

Muitos doentes tendem a atribuir maior gravidade à sua doença, preocupando-se com o que poderå lhe acontecer. Mais tarde, percebem que seus receios eram infundados.

Se a Vida Fosse Sempre Vida

Felizes, cujos corpos sob as ĂĄrvores
Jazem na Ășmida terra,
Que nunca mais sofrem o sol, ou sabem
Das doenças da lua.

Verta Eolo a caverna inteira sobre
O orbe esfarrapado,
Lance Netuno, em cheias mĂŁos, ao alto
As ondas estoirando.

Tudo lhe Ă© nada, e o prĂłprio pegureiro
Que passa, finda a tarde,
Sob a ĂĄrvore onde jaz quem foi a sombra
Imperfeita de um deus,

NĂŁo sabe que os seus passos vĂŁo cobrindo
O que podia ser,
Se a vida fosse sempre vida, a glĂłria
De uma beleza eterna.

Amizade Correcta

O sĂĄbio, ainda que se baste a si mesmo, deseja ter um amigo, quanto mais nĂŁo fosse para exercer a amizade, para nĂŁo deixar definhar tĂŁo grande virtude. Ele nĂŁo busca, como dizia Epicuro, «alguĂ©m que lhe vele Ă  cabeceira em caso de doença, que o socorra quando esteja em grilhĂ”es ou na indigĂȘncia». Busca alguĂ©m a cuja cabeceira de doente possa velar; alguĂ©m que, quando implicado numa contenda, ele possa salvar dos cĂĄrceres inimigos. Pensar em si prĂłprio, e empenhar-se numa amizade com esse pensamento preconcebido, Ă© cometer um erro de cĂĄlculo. A empresa terminarĂĄ como começou. Fulano arranjou um amigo para dispor, um dia, de um libertador que o preserve dos grilhĂ”es. Ao primeiro tinido de cadeias, lĂĄ se vai o amigo.
Tais sĂŁo as amizades que o mundo chama de «ligaçÔes temporĂĄrias». O homem a quem se escolhe para prestar serviços deixarĂĄ de agradar no dia em que nĂŁo sirva para mais nada. DaĂ­ a constelação de amigos ao redor das grandes fortunas. Vinda a ruĂ­na, faz-se, Ă  volta, a solidĂŁo: os amigos esquivam-se dos lugares onde sĂŁo postos Ă  prova. DaĂ­, todos esses escĂąndalos: amigos abandonados, amigos traĂ­dos, sempre por medo! É inevitĂĄvel que o fim concorde com o começo: o interesse fez de sicrano teu amigo;

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Vilegiatura

O sossego da noite, na vilegiatura no alto;
O sossego, que mais aprofunda
O ladrar esparso dos cĂŁes de guarda na noite;
O silĂȘncio, que mais se acentua,
Porque zumbe ou murmura uma coisa nenhuma no escuro …
Ah, a opressĂŁo de tudo isto!
Oprime como ser feliz!
Que vida idĂ­lica, se fosse outra pessoa que a tivesse
Com o zumbido ou murmĂșrio monĂłtono de nada
Sob o céu sardento de estrelas,
Com o ladrar dos cĂŁes polvilhando o sossego de tudo!

Vim para aqui repousar,
Mas esqueci-me de me deixar lĂĄ em casa,
Trouxe comigo o espinho essencial de ser consciente,
A vaga nåusea, a doença incerta, de me sentir.

Sempre esta inquietação mordida aos bocados
Como pĂŁo ralo escuro, que se esfarela caindo.
Sempre este mal-estar tomado aos maus haustos
Como um vinho de bĂȘbado quando nem a nĂĄusea obsta.

Sempre, sempre, sempre
Este defeito da circulação na própria alma,
Esta lipotimia das sensaçÔes,
Isto…

(Tuas mĂŁos esguias, um pouco pĂĄlidas, um pouco minhas,
Estavam naquele dia quietas pelo teu regaço de sentada,

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Eu cheguei à conclusão que a espera pela arte, como a espera pelo amor, é uma doença que nos cega, e que nos faz esquecer aquilo que nós jå conhecemos, obscurecendo a realidade.

A solidão, mais ainda que a doença, demonstra, da maneira mais radical, se um homem foi criado e predestinado para a vida; ou se, como a maioria, o foi para a morte.

O que é doença é desejar com igual intensidade o que é preciso e o que é desejåvel, e sofrer por não ser perfeito como se se sofresse por não ter pão. O mal romùntico é este: é querer a lua como se houvesse maneira de a obter.

Controlar a Ansiedade

Quando receamos algum mal, o prĂłprio facto de o recearmos atormenta-nos enquanto o aguardamos: teme-se vir a sofrer alguma coisa e sofre-se com o medo que se sente! Tal como nas doenças fĂ­sicas hĂĄ certos sintomas que pressagiam a molĂ©stia – incapacidade de movimento, lassidĂŁo completa mesmo quando se nĂŁo faz nenhum esforço, sonolĂȘncia, calafrios por todo o corpo -, tambĂ©m um espĂ­rito dĂ©bil se sente abalado, mesmo antes de qualquer mal se abater sobre ele: como que adivinha o mal futuro, e deixa-se vencer antes do tempo. HĂĄ coisa mais insensata do que nos angustiarmos com o futuro em vez de deixarmos chegar a hora da aflição, e atrairmos sobre nĂłs todo um cĂșmulo de tormentos? Quando nĂŁo Ă© possĂ­vel livrarmo-nos por completo da angĂșstia, pelo menos adiemo-la tanto quanto pudermos. Queres ver como Ă© verdade que ninguĂ©m deve atormentar-se com o futuro?
Imagina um homem a quem tenha sido dito que depois dos cinquenta anos serĂĄ submetido a graves suplĂ­cios: ele permanece imperturbĂĄvel enquanto nĂŁo passa a metade desse espaço de tempo, altura em que começa a aproximar-se da angĂșstia prometida para a segunda metade da sua vida. Por um processo semelhante sucede tambĂ©m que certos espĂ­ritos doentes sempre em busca de motivos para sofrer se deixam tomar de tristeza por factos jĂĄ remotos e esquecidos.

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