Passagens sobre Estilo

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Frases sobre estilo, poemas sobre estilo e outras passagens sobre estilo para ler e compartilhar. Leia as melhores citações em Poetris.

O Objectivo da Arte não é Ser Compreensível

Toda a arte é expressão de qualquer fenómeno psíquico. A arte, portanto, consiste na adequação, tão exacta quanto caiba na competência artística do fautor, da expressão à cousa que quer exprimir. De onde se deduz que todos os estilos são admissíveis, e que não há estilo simples nem complexo, nem estilo estranho nem vulgar.
Há ideias vulgares e ideias elevadas, há sensações simples e sensações complexas; e há criaturas que só têm ideias vulgares, e criaturas que muitas vezes têm ideias elevadas. Conforme a ideia, o estilo, a expressão. Não há para a arte critério exterior. O fim da arte não é ser compreensível, porque a arte não é a propaganda política ou imoral.

Somos Iguais Hoje ao que Fomos Outrora

– Eu também aprecio os livros de História. Ensinam-nos que, basicamente, somos iguais hoje ao que fomos outrora. Pode haver diferenças insignificantes em termos de vestuário e de estilo de vida, mas não há grande diferença no que pensamos e fazemos. No fundo, os seres humanos não passam de veículos, ou locais de passagem, para os genes. De geração em geração, correm dentro de nós até nos esgotarem, como cavalos de corrida. Os genes não pensam no bem e no mal. Não querem saber se somos felizes ou infelizes. Para eles, não passamos de um meio para atingir um fim. Só pensam no que é mais eficaz do seu ponto de vista.
– Apesar de tudo, não conseguimos deixar de pensar no bem e no mal. Não é o que está a dizer?
A senhora anuiu.
– Precisamente. As pessoas «têm» de pensar nessas coisas. Mas os genes são o que controla a base da forma como vivemos. Como é natural, as contradições surgem.

Aqui importa-se tudo. Leis, ideias, filosofias, teorias, assuntos, estéticas, ciências, estilo, indústrias, modas, maneiras, pilhérias, tudo vem em caixotes pelo paquete. A civilização custa-nos caríssimo, com os direitos de Alfândega: e é em segunda mão, não foi feita para nós, fica-nos curta nas mangas…

As pessoas com grandes extensões de terra ficam maravilhadas com qualquer propriedade no mesmo estilo. Emma duvidava da veracidade daquela afirmativa. Achava que pessoas com grandes extensões de terra preocupavam-se muito pouco com as terras dos outros.

Para os problemas de estilo, nada com a corrente; para os problemas de princípios, sê firme como um rochedo.

Um Cérebro Sempre Jovem

A sociedade está a ser varrida por um movimento chamado nova velhice. A norma social para as pessoas de idade era passiva e sombria; confinadas a cadeiras de baloiço, esperava-se que entrassem em declínio físico e mental. Agora o inverso é verdade. As pessoas mais velhas têm expetativas mais elevadas de que permanecerão ativas e com vitalidade. Consequentemente, a definição de velhice mudou. Num inquérito perguntou-se a uma amostra de baby boomers: “Quando tem início a velhice?” A resposta média foi aos 85. À medida que aumentam as expetativas, o cérebro deve claramente manter-se a par e adaptar-se à nova velhice. A antiga teoria do cérebro fixo e estagnado sustentava ser inevitável um cérebro que envelhecesse. Supostamente as células cerebrais morriam continuamente ao longo do tempo à medida que uma pessoa envelhecia, e a sua perda era irreversível.

Agora que compreendemos quão flexível e dinâmico é o cérebro, a inevitabilidade da perda celular já não é válida. No processo de envelhecimento — que progride à razão de 1% ao ano depois dos trinta anos de idade — não há duas pessoas que envelheçam de maneira igual. Até os gémeos idênticos, nascidos com os mesmos genes, terão muito diferentes padrões de atividade genética aos setenta anos,

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A arte não é um espelho que mostra a realidade ‘como ela é’. A arte mostra-nos um mundo reflectido por uma mente incomum que impõe um estilo no que retrata.

Para um Grande Espírito Nada há que Seja Grande

Evitai tudo quanto agrade ao vulgo, tudo quanto o acaso proporciona; diante de qualquer bem fortuito parai com desconfiança e receio: também a caça ou o peixe se deixa enganar por esperanças falacciosas. Julgais que se trata de benesses da sorte? São armadilhas! Quem quer que deseje passar a vida em segurança evite quanto possa estes benefícios escorregadios nos quais, pobres de nós, até nisto nos enganamos: ao julgar possuí-los, deixamo-nos apanhar! Esta corrida leva-nos para o abismo; a única saída para uma vida «elevada», é a queda!
E mais: nem sequer poderemos parar quando a fortuna começa a desviar-nos da rota certa, nem ao menos ir a pique, cair instantaneamente: não, a fortuna não nos faz tropeçar, derruba-nos, esmaga-nos.
Prossegui, pois, um estilo de vida correcto e saudável, comprazendo o corpo apenas na medida do indispensável à boa saúde. Mas há que tratá-lo com dureza, para ele obedecer sem custo ao espírito: limite-se a comida a matar a fome, a bebida a extinguir a sede, a roupa a afastar o frio, a casa a servir de abrigo contra as intempéries. Que a habitação seja feita de ramos ou de pedras coloridas importadas de longe, é pormenor sem interesse: ficai sabendo que para abrigar um homem tão bom é o colmo como o ouro!

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O estilo nem por sombra corresponde a um simples culto da forma, mas, muito longe disso, a uma particular concepção da arte e, mais em geral, a uma particular concepção da vida.

O melhor modo de criar um estilo próprio é receber influências, as mais diversas e variadas influências.

O importante é não perder o estilo, e, se possível, não perder o dinheiro também. Porque o estilo sem dinheiro é uma infiltração do mau gosto.

Somos Uma Surpresa Para Nós Próprios

Como serão em privado as pessoas que conhecemos? Quanta surpresa se o soubéssemos. Porque nós, instintivamente, tendemos a julgá-las idênticas dentro e fora de si. Mas o que somos por fora é o que aceitamos que o seja e é o que os outros estabeleceram. Tal fanfarrão na praça pública pode ser um chilro piegas quando lá não está ou um medricas quando a coisa é a sério (Não dizia Aristóteles que os grandes atletas eram maus soldados?). Ou inversamente. O que aceita para si a imagem exterior de um mole, de um tíbio, de um encolhido de comportamento – no interior de si, e quando for caso disso, pode ser um obstinado de dente rilhado. Há um estilo de se ser que se adopta por convenção generalizada, orientação de uma época, obrigação protocolar no modo de nos manifestarmos.
(…) As regras de comportamento em grandezas chegam só à porta da rua ou ao menos da do quarto ou seguramente à da casa de banho. E daí para dentro, vale tudo, ou seja a regra somos nós. E é então que sabemos quem somos ou quem é aquele que consentimos que seja ou em que medida respeitamos em nós o que respeitamos nos outros.

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A Aprendizagem da Apreciação da Poesia

Pode-se dizer que toda a poesia parte das emoções experimentadas pelos seres humanos nas relações consigo próprios, uns com os outros, com entes divinos e com o mundo à sua volta; por isso, ocupa-se também do pensamento e da acção que a emoção provoca, e de que a emoção resulta. Todavia, por mais primitiva que seja a fase de expressão e de apreciação, a função da poesia nunca pode ser unicamente despertar estas mesmas emoções no auditório do poeta.
Na poesia mais primitiva, ou na fruição mais rudimentar da poesia, a atenção do ouvinte dirige-se para o assunto; o efeito da arte poética sente-se sem o ouvinte estar totalmente cônscio desta arte. Com o desenvolvimento da consciência da linguagem há outra fase em que o ouvinte, que pode nessa altura ter-se transformado no leitor, está consciente de um duplo interesse numa história por si própria e no modo como é contada: isto é, torna-se consciente do estilo. Então podemos sentir deleite na discriminação entre os modos como diferentes poetas tratarão o mesmo assunto; uma apreciação que não é simplesmente de melhor ou pior, mas de diferenças entre estilos que são igualmente admirados. Numa terceira fase de desenvolvimento, o assunto pode recuar para último plano: em vez de ser o propósito do poema,

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Escutar o Nosso Corpo

O equilíbrio é a base da saúde. Embora seja indiscutível que uma dieta rica em vitaminas, o exercício físico e a meditação são essenciais para uma vida saudável, não existe uma fórmula universal que se aplique a todos os casos. Precisamos de prestar atenção ao corpo, à mente e ao coração singulares que existem em cada um de nós para descobrirmos as nossas necessidades específicas. A verdadeira saúde cresce connosco e transforma-se ao longo do tempo. Manter o estado natural de equilíbrio físico e emocional é fundamental para atingirmos um nível de consciência superior.
Escutar o nosso corpo é o primeiro passo para alcançarmos a saúde integral e identificar o nosso biótipo e tendências emocionais – os doshas – é um excelente começo. A partir do momento em que nos consciencializamos das nossas necessidades físicas podemos adequar dietas e programas de exercício à nossa medida. A verdadeira saúde não se exprime através de uma definição genéiica mas sim de um equilíbrio distinto de predisposições genéticas, comportamentos adquiridos, idade e perceções.

Subestimamos com alguma frequência a importância de uma boa noite de sono. As distrações induzidas pelo ego -listas de tarefas pendentes, problemas financeiros, crises familiares e medos –

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