Creio que a importância do Evangelho de Jesus em nossa evolução espiritual, é semelhante a importância do Sol na sustentação da nossa vida física.
Passagens sobre Evangelho
28 resultadosÀ Revolta
A Cassiano César
O século é de revolta — do alto transformismo,
De Darwin, de Littré, de Spencer, de Laffite —
Quem fala, quem dá leis é o rubro niilismo
Que traz como divisa a bala-dinamite!…Se é força, se é preciso erguer-se um evangelho,
Mais reto, que instrua — estético — mais novo
Esmaguem-se do trono os dogmas de um Velho
E lance-se outro sangue aos músculos do povo!…O vício azinhavrado e os cérebros raquíticos,
É pô-los ao olhar dos sérios analíticos,
Na ampla, social e esplêndida vitrine!…À frente!… — Trabalhar a luz da idéia nova!…
— Pois bem! Seja a idéia, quem lance o vício à cova,
— Pois bem! — Seja a idéia, quem gere e quem fulmine!…
Queixa das almas jovens censuradas
Dão-nos um lírio e um canivete
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corolaDão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idadeDão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
sem pecado e sem inocênciaDão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatroPenteiam-nos os crâneos ermos
com as cabeleiras das avós
para jamais nos parecermos
connosco quando estamos sósDão-nos um bolo que é a história
da nossa historia sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra que o medoTemos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
somos vazios despovoados
de personagens de assombroDão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelho
pra pentearmos um macacoDão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procuraDão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adianteDão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destinoDão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida,
A alegria do Evangelho é para todo o povo, não se pode excluir ninguém; assim foi anunciada pelo anjo aos pastores de Belém: «Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo» (Lucas 2:10).
Deus escolheu nascer e crescer numa família humana, não numa grande cidade, mas numa periferia quase invisível, até, aliás, mal-afamada. Os próprios Evangelhos o recordam, quase como uma maneira de dizer: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» (João 1:46).
O Menino Jesus recorda o laço entre o Reino de Deus e o mistério da infância espiritual. Ele fala dele no Evangelho: «Quem não receber o Reino de Deus como um pequenino não entrará nele» (Marcos 10:15).
É sempre simples doar uma parte dos lucros, sem abraçar nem tocar as pessoas que recebem essas «migalhas». Pelo contrário, até bastam cinco pães e dois peixes para tirar a fome a multidões se forem a partilha de toda a nossa vida. Na lógica do Evangelho, se não dá tudo, não se dá nunca o suficiente.
Há «portas da consolação» que se devem ter sempre abertas, porque Jesus gosta de entrar por elas: o Evangelho lido todos os dias e trazido sempre connosco, a oração silenciosa e de adoração, a Confissão, a Eucaristia. Através dessas portas, o Senhor entra e dá um novo sabor a todas as coisas.
Lembrai-vos de trazer sempre convosco um pequeno Evangelho, no bolso, na mala, na mochila, sempre. No Capítulo 5 de Mateus estão as Bem-Aventuranças- Lede-as todos os dias, para não as esquecer, porque é a Lei que nos dá Jesus!
A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento.
Hoje é tempo de missão e é tempo de coragem! Coragem para fortalecer os passos vacilantes, para retomar o gosto de nos consumirmos pelo Evangelho, de readquirir confiança na força que a missão tem em si.
A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento.
Jesus fala-te todos os dias. Que o seu Evangelho se torne teu e que seja o teu «navegador» nos caminhos da vida!
Experimenta ler o Evangelho pelo menos cinco minutos por dia. Verás que te muda a vida.
O Evangelho ensina-nos que o Espírito de Jesus pode trazer nova vida ao coração de cada homem e pode transformar todas as situações, mesmo aquelas aparentemente sem esperança.
Devemos habituar-nos a ouvir a Palavra de Jesus no Evangelho. Ler uma passagem, refletir um pouco sobre aquilo que diz, sobre aquilo que diz a nós próprios. Devemos aprender a estar com o nosso Amigo Deus no Evangelho.
O evangelho fecha-se com a astronomia.
O socialismo é a filosofia da falha, o credo da ignorância e o evangelho da inveja, sua virtude inerente é a divisão igualitária da miséria.
Foste Tu que me Desvendaste o Amor
Querida: estamos sozinhos à mesa nesta noite infinita em que a chuva cai lá fora com um ruido monótono de chôro. Estamos sós nesta noite de saudade e nunca foi maior a nossa companhia, porque cada vez me sinto mais perto dos mortos. Rodeiam-nos, chegam-se para mim e sentam-se ao nosso lume. São legião… Mais perto, que eu faço uma labareda que nos aqueça a todos. A velha mesa da consoada foi-se despovoando com o tempo, mas hoje estão aqui sentadas todas as figuras que conheço desde que me conheço… Tu, toda branca, e que mesmo através do túmulo me transmites sonho; tu, mais longe, mais apagada e sumida; e tu, que vens de volta, e encostas os teus cabelos brancos aos meus cabelos brancos, para me dizeres baixinho: — Menino!—Pois ainda me chamas menino?! — Outro acolá sorri e outro tenta falar… Dois vivos e tantos mortos sentados à roda desta mesa que veio de meu pai, foi de meu avô e pertenceu já a outras gerações desconhecidas, mas que estão aqui também comigo, escutando e sorrindo, enquanto as pinhas se transformam em flores maravilhosas e as vides que plantei se reduzem a cinza!… Nunca estive tão acompanhado como hoje nesta ceia religiosa de fantasmas,
Madalena
…e lhe regou de lágrimas os pés e os enxugou com os cabelos da sua cabeça. Evangelho de S. Lucas.
Ó Madalena, ó cabelos de rastos,
Lírio poluído, branca flor inútil…
Meu coração, velha moeda fútil,
E sem relevo, os caracteres gastos,De resignar-se torpemente dúctil…
Desespero, nudez de seios castos,
Quem também fosse, ó cabelos de rastos,
Ensangüentado, enxovalhado, inútil,Dentro do peito, abominável cômico!
Morrer tranqüilo, – o fastio da cama…
Ó redenção do mármore anatômico,Amargura, nudez de seios castos!…
Sangrar, poluir-se, ir de rastos na lama,
Ó Madalena, ó cabelos de rastos!